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Lucio Flávio

O Londrina seguiu a risca a cartilha do rebaixamento

24 nov 2019 às 16:04
- Gustavo Oliveira/Londrina Esporte Clube
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Depois de quatro temporadas na série B o Londrina volta para a série C em 2020. Um rebaixamento doído por tudo que o clube construiu nos últimos nove anos, pela recuperação técnica e administrativa e até pela estrutura que o clube tem hoje uma queda era algo improvável e impensado.

Porém, na prática, o LEC cumpriu a risca a cartilha completa de qualquer rebaixamento. O planejamento foi mal pensado e executado, inúmeras trocas de treinadores, saída de jogadores importantes e contratações de atletas mal preparados e em fim de carreira.

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Desde o começo do ano as coisas não saíram como planejadas. A ida de alguns jogadores para o Novorizontino não surtiu efeito já que o clube não teve ou não quis gastar para trazer os principais destaques do time paulista para a série B.

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O retorno de Roberto Fonseca não foi a melhor alternativa, até porque o treinador logo viu que não teria um time forte como o prometido e abandonou o barco após apenas um jogo. Apesar disso, o LEC ainda teve a sorte de conseguir um bom substituto, da casa e barato.

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Alemão fez um ótimo trabalho no Paranaense e na Copa do Brasil, inclusive revelando vários jogadores, que renderam muito dinheiro ao clube. O problema foi que, apesar do bom desempenho, o treinador não teve o respaldo necessário da diretoria quando a campanha começou a oscilar durante a série B.


O treinador bateu de frente com alguns "experientes" do grupo que se sentiram desprestigiados e enciumados pelo desempenho e badalação em cima dos meninos. O clube deu voz aos jogadores e Alemão foi fritado. O problema é que estes mesmos jogadores não deram conta do recado em campo e alguns, como Dagoberto, preferiram deixar o clube quando viram que o elenco era fraco.

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O divisor de águas do Londrina foi a parada da Copa América. O LEC tinha ótima campanha, sempre no G4, e um o time entrosado, porém carente de melhor qualidade técnica. Em vez de buscar quatro ou cinco reforços na concepção da palavra para qualificar o elenco, o Tubarão fez totalmente diferente.


O clube acreditou que aquele elenco era suficiente e não trouxe ninguém. Além disso, negociou jogadores, que se não eram excepcionais, eram titulares. A conta é grande: Romulo, Felipe Vieira, Luquinha, Marcelinho, Anderson Oliveira, Safira. Quando Alemão saiu algumas rodadas depois, o fundo do poço era questão de tempo.

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As chegadas de Claudio Tencati e depois de Mazola Júnior se mostraram outros erros da diretoria, assim como a contratação de jogadores parados, veteranos, fora de forma, de empresários amigos e sem nenhuma identificação com o clube. O time passou a acumular derrotas e vexames e a direção se perdeu totalmente, como ficou provado no episódio dos "porcarias" após a derrota para o Operário.


A opção por colocar Silvinho Canuto na fogueira no comando técnico a quatro rodadas do fim pareceu muito mais em um último ato de desespero do que algo pensado. Claro que não poderia dar certo. Um treinador que dá os primeiros passos na carreira a frente de um elenco fraco técnico e fisicamente, totalmente abalado psicologicamente e sem nenhum respaldo da torcida. O resultado não poderia ser diferente.


O Londrina paga um preço alto por seus inúmeros erros ao longo do ano e o rebaixamento é merecido. Nada pode salvar um clube que perde 21 jogos em 37 e que consegue ficar atrás de um rival, que sofreu o ano inteiro com a falta de dinheiro, greve de jogadores e até um WO.

A queda é dolorida, mas não é o fim do mundo. O Londrina já viveu outros momentos muito mais difíceis do que esse. Tem condições, estrutura e recursos para voltar forte deste rebaixamento e brigar por um retorno a série B já em 2021.


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