O calendário cada vez mais apertado do futebol brasileiro tem colocados os times grandes em constante choque com os interioranos. Eles querem cada vez menos os estaduais, que para a maioria de nós é a única competição que resta no ano.
Concordo que os estaduais são deficitários e de péssima qualidade técnica. Portanto, precisam mudar, urgentemente. Mas, tenho claro também que o seu fim vai representar a morte de 90% dos clubes brasileiros. Se ficar o bicho pega, se correr o bicho come.
Uma das alternativas são as Copas regionais. A Copa do Nordeste é um sucesso de público e de audiência. Até a quase invisível Copa Verde é mais atraente que os quase inexistentes estaduais do Centro-Oeste e do Norte.
Neste cenário, a Copa Sul-Minas voltou a ganhar força este ano. Sou favorável, desde que critérios técnicos indiquem os participantes e que ela não extermine o Campeonato Paranaense, como era o desejo dos "pseudo-grandes" Atlético e Coritiba.
A dupla Atletiba queria o Estadual só com dez datas em 2016, o que beira o rídiculo. Eles esquecem que se o Paranaense acabar eles nunca mais vão ser campeões de nada.
Aliás, nem o Estadual tá fácil para os curitibanos. É só relembrar dos dois últimos anos. A última comemoração de algum coisa pelos lados da Baixada foi em 2009.
Talvez o ideal seja uma mescla. Um Paranaense mais longo para quem não tem calendário nacional, com os times das Copas Regionais entrando em uma segunda fase.
O grande problema é que as soluções para a melhora do nosso futebol precisam passar pelas mãos dos nossos dirigentes, sejam eles da CBF, Federações ou Clubes, e aí é que mora o perigo. Difícil alguém pensar em alternativas que não interessam aos seus próprios interesses.