A campanha do Londrina no primeiro turno do Brasileiro foi muito boa. Poderia ter sido ótima, mas não há do que reclamar.
Em 19 partidas, perdeu apenas cinco. Foram ainda sete vitórias e sete empates. Marcou 18 gols e sofreu 15. Aproveitamento de 49%. Está entre os piores ataques, mas tem a segunda melhor defesa.
Quase ninguém, entre torcedores, imprensa e até mesmo do próprio clube, imaginava que o time terminaria em sétimo lugar a primeira metade do campeonato. Méritos pelo trabalho desenvolvido pelo elenco, comissão técnica e direção.
Se os números são bons, o futebol apresentado não foi tão vistoso assim. Falta criatividade ao time e um maior poder ofensivo. Mas, isso não é demérito nenhum. O LEC está na média do campeonato. Quem encheu os olhos até aqui na série B? Ninguém. Nem o Vasco, que tinha a obrigação de sobrar.
O alviceleste até poderia estar no G4 se não tivesse desperdiçados pontos preciosos no estádio do Café. Ganhou apenas 60% dos pontos em casa. Disputou 30 e perdeu 12. Resultados irrecuperáveis como a derrota para o CRB e os empates com Criciúma e Sampaio Corrêa.
Porém, compensou alguns deles como visitante. Ou alguém, em sã consciência, antes da bola rolar, imaginava que o Londrina venceria o Bahia, em Salvador, e o Atlético, na ocasião na vice-liderança, no Serra Dourada?
Aliás, o time se mostrou muito mais a vontade e com desenvoltura nos jogos fora de casa do que diante do seu torcedor. O que só reforça uma certa deficiência técnica da equipe, o que leva o time a uma irregularidade muito grande.
Com mais 19 jogos pela frente, o Londrina está muito perto de alcançar seu primeiro objetivo, que é se manter na série B. Com os atuais 28 pontos e se somar mais 17 no returno, evita qualquer risco de rebaixamento. É só questão de tempo para se chegar lá.
Já o sonho de subir está um pouco mais distante. Pela média dos últimos anos, para assegurar o quarto lugar é preciso chegar aos 65 pontos. Portanto, o LEC precisa de mais 37. Necessita elevar o seu aproveitamento para 57%. Não é nada fácil, mas, também não é impossível.
Historicamente, o segundo turno é sempre mais difícil. Todos os times estão se reforçando e a tendência é termos confrontos cada vez mais equilibrados, até mesmo com quem está nas últimas posições.
Com o atual elenco, o LEC não será ameaçado pelo rebaixamento, mas dificilmente vai subir. Tecnicamente já ficou provado o que este grupo pode render. E com o que temos, não será suficiente.
Particularmente, acho que para o clube de uma forma geral seria interessante ralar mais alguns anos na série B para se estruturar melhor. Mas, não seria louco de não querer subir se a oportunidade vem bater na minha porta.
Mas, se a diretoria conseguir trazer duas ou três peças, que cheguem realmente para jogar e elevem a qualidade do time do meio-campo para frente, é possível brigar entre os primeiros. Então, ainda é possível sonhar!