O Londrina já tentou de tudo nesta temporada. Ser um time de posse e toque de bola com o Ricardinho. Ser um equipe de marcação forte, segura na defesa e de velocidade na transição para o ataque com Marquinhos Santos. E agora a proposta com Sérgio Soares é ser um time ofensivo.
As duas opções iniciais não funcionaram. O LEC nunca foi um time equilibrado. Com Ricardinho, tomava muitos gols e não criava nada. Com Marquinhos, a defesa até melhorou - apesar de já ter sofrido 15 gols na série B -, mas o ataque seguiu improdutivo. Prova disso é que o alviceleste tem o segundo pior ataque da série B. Marcou 11 gols em 13 jogos.
Sérgio Soares sempre gostou de equipes ofensivas e conseguiu isso em alguns trabalhos, como no Bahia, no Santo André e no Ceará, por exemplo. Ainda não teve tempo para trabalhar, mas já irá colocar o Londrina no ataque no Serra Dourada para enfrentar o Vila Nova.
Vai escalar um quarteto com Thiago Ribeiro, Safira, Paulo Henrique e Felipe Marques. Ribeiro fará a função de armador, já que o LEC não tem outro da posição para substituir o, até aqui, contestado Dudu. A opção do treinador talvez seja mais por falta de alternativas do que por convicção.
No primeiro tempo do confronto contra o São Bento, Thiago Ribeiro jogou mais ou menos assim, vindo de trás, ao lado de Dudu. O Londrina não criou nada naquela oportunidade. Só melhorou no segundo tempo, quando Ribeiro foi jogar entre os dois zagueiros. Talvez agora com o veterano atacante melhor fisicamente, possa funcionar melhor.
Claro que o Londrina precisa aumentar a sua força ofensiva, mas, mais importante que é isso é encontrar o equilíbrio. A afirmação que ataque ganha jogo e defesa ganha campeonato é a mais pura realidade.
O Londrina está trocando o pneu com o carro andando e não é fácil acertar os buracos assim. Demos tempos para que Sérgio Soares consiga implementar sua metodologia de trabalho. E aí vamos saber se o problema está mesmo no banco ou na qualidade do elenco.