A cada grande jogo em Londrina os problemas estruturais do Estádio do Café vêm a tona. É chover no molhado falar da falta de iluminação, segurança, sujeira e mato alto por todos os lados, poucas bilheterias e catracas, banheiros sujos e uma infinidade de problemas que faltaria espaço para lista-los.
O Café tem quase 40 anos e não passou por uma reestruturação e modernização que o futebol de hoje exige. Muito por culpa do próprio Londrina que nos últimos 15 anos quase não atraiu ninguém aos seus jogos. E muito mais culpa do poder público que abandonou o estádio.
Fazendo um conta rápida e superficial, levando em conta todos os jogos do Londrina neste primeiro semestre no Café, entraram nos cofres da prefeitura e da Fundação de Esportes pelo menos R$ 150 mil, referentes ao ISS e taxas para se jogar e treinar. Só do amistoso contra o São Paulo entraram R$ 22 mil.
A pergunta que não quer calar. Para onde foi este dinheiro? Para melhorias no estádio, obviamente, que não foi. Entrou nos caixas da prefeitura e da FEL. Dinheiro não foi revertido para o Café. Pagou contas do município e da Fundação.
Dizer que o município não tem dinheiro para reformar o estádio todo mundo já sabe. E sempre o mesmo discurso, cansa. Quando não há recursos é preciso ser criativo e buscar alternativas.
Que tal o prefeito Alexandre Kireeff baixar uma determinação que todo dinheiro que entrar proveniente dos jogos do Londrina no Café sejam revertidos para o próprio Estádio? Imagine se os R$ 150 mil tivessem sido investidos em melhorias desde o início do ano. Quanto coisa poderia ter sido feita.
Prefeito, crie uma comissão com representantes da prefeitura, da Câmara Municipal, da FEL, do LEC e da Sociedade Civil para gerenciar este dinheiro e definir as prioridades.
A medida só vai trazer benefícios. Estádio melhor e mais confortável, mais gente no estádio, mais gente no estádio, mais receita, time mais forte e competitivo, grandes espetáculos e eventos, mais dinheiro e mais receita para todos.
É um círculo vicioso. Mas, um vicio positivo. Ganham todos e, principalmente, o torcedor e a cidade. Pense nisso, prefeito!