A torcida do Londrina já começa a ficar impaciente com a demora na chegada de reforços para o Brasileiro da série B. Mas, ainda há tempo e, neste caso, a pressa é inimiga da perfeição.
O discurso no clube é um só: o mercado não está fácil e teremos dificuldade na busca por bons nomes.
Dois problemas principais atrapalham as negociações do LEC. A concorrência. De times da série A e também da B, sobretudo daqueles mais estruturados financeiramente.
O orçamento apertado é o segundo obstáculo. Por estar de volta a série B, o Londrina acaba tendo menos recursos que alguns concorrentes diretos. E é fácil apontar alguns deles. Bahia, Goiás, Ceará, Náutico. O Vasco nem se fala. Está em outro patamar.
Por isso é preciso criatividade e mostrar os outros diferenciais do clube, como estrutura física, salários em dia, boas condições de trabalho.
Uma das alternativas que o LEC busca é a parceria com grandes clubes. Até neste caso existe concorrência forte. O Londrina não tem como pagar os salários destes atletas sozinho e precisa ter o auxílio do clube de origem.
O problema é que alguns interessados se dispõem a pagar integralmente os ganhos destes jogadores. A concorrência daí fica desleal.
Trazer jogadores de clubes grandes é interessante, mas existe um perigo iminente. Muitos preferem ser quarto ou quinto reserva do que atuar em um clube médio. Falta ambição e comprometimento.
O Londrina desistiu de um jogador do Palmeiras porque, na conversa, não sentiu firmeza no profissional. O LEC voltou a conversar com o Verdão, que ofereceu outros dois jogadores, que interessam ao técnico Claudio Tencati.
Mas, aí volta o antigo problema. São jogadores que ganham em torno de R$ 70 mil mensais. Realmente a vida na série B não é fácil não.
Mas, o torcedor tem que confiar no trabalho que foi realizado até aqui e acreditar que o elenco será competitivo no Nacional.