Os aplausos da torcida (9.083 torcedores no total) no fim do jogo são uma mostra da luta do Londrina, mas só o empenho e a disposição não foram suficientes. A Ponte Preta foi muito melhor em campo e mereceu com sombras os 3 a 1 no estádio do Café.
O time de Campinas foi infinitamente superior ao longo dos 90 minutos e, em muitos momentos da partida, o LEC não viu a cor da bola. A segunda derrota na série B, a primeira em casa, interrompeu uma sequência de sete partidas - cinco vitórias e dois empates - de invencibilidade no estádio do Café.
Não é por acaso que a Ponte tem a maior invencibilidade da competição - já são sete jogos sem perder. O time do técnico Jorginho mostrou muita qualidade, posse de bola, troca de passes, velocidade e chegada fácil ao ataque. Que atuação de gala teve o veterano centroavante Roger.
Quando o Londrina abriu o placar com Bertotto, aos 21, após escanteio cobrado por Caculé, a Ponte já era bem melhor e já tinha criados duas chances de gol. O empate logo em seguida, aos 23, em belo chute de Mateus Vargas da intermediária, veio fazer justiça.
E, se a justiça nem sempre existe no futebol, a virada, aos 48, com gol do zagueiro Renan Fonseca, deixava claro quem era melhor em campo.
Alemão voltou para o segundo tempo com Anderson Oliveira, poupado no início, no lugar do péssimo Diego Oliveira, e Anderson Leite na posição de Romulo. Não surtiu efeito. Aos 8, em contra ataque, Marquinhos marcou o terceiro e tirou qualquer chance de reação do Tubarão.
O Alviceleste até foi valente e partiu para cima, algo normal para quem perde por 3 a 1 em casa. E também por ser normal o recuo de quem ganha por dois gols de diferença fora de casa. Mesmo assim, a Ponte esteve muito mais perto do quarto gol que o LEC do segundo.
Apesar do esforço do Londrina, o nível técnico dos times fez a diferença. Dos oito jogos que disputou, o LEC jogou contra três times muito fortes tecnicamente. Ganhou do Bragantino e perdeu para o Sport e a Ponte. Não deixa de ser um bom retrospecto.