Operação simultânea da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Polícia Federal apreendeu 2,5 milhões de litros de agrotóxicos adulterados em Londrina (PR) e Taquari (RS). A ação também interditou a linha de produção de cinco agrotóxicos da empresa Milenia Agrociencias S/A, filial do grupo israelense Makhteshim Agan.
Durante a ação, deflagrada simultaneamente nas duas cidades da região Sul, foi constatado que os agrotóxicos Herbimix, Pyrinex, Posmil, Trop e Podos eram com adulteração na fórmula, sem autorização.
A Anvisa apreendeu, ainda, os documentos com a ordem de produção desses produtos. A interdição é valida por 90 dias, prazo em que os produtos não poderão ser comercializados. A Milenia Agrociencias S/A terá cinco dias para apresentar contraprova.
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Investigação
As investigações, que resultaram na operação, começaram a partir de denúncia a respeito da adulteração do agrotóxico Podos. Antes da ação, a Anvisa colheu amostras do produto no mercado e encaminhou para análise da Polícia Federal e do Instituto Adolfo Lutz.
A perícia detectou que o Podos era comercializado com formulação tóxica acima do permitido. O produto é registrado no Ministério da Agricultura mediante avaliação toxicológica efetuada pela Anvisa com padrões toxicológicos de classe III, ou seja, medianamente tóxico. O material colhido no mercado apresentou teores de toxicidade de classe I, isso é: extremamente tóxico.
Com a formulação encontrada no mercado, esse produto pode causar, nos trabalhadores rurais que manipulam o agrotóxico, irritação irreversível da córnea e cegueira.
Resposta
Em nota oficial, a empresa afirma que "só trabalha com matérias primas legais compradas de fornecedores idôneos e com registros no Ministério da Agricultura e órgãos reguladores". A Milenia forneceu os documentos pedidos pela Anvisa para que as dúvidas sejam esclarecidas "o mais breve possível". Ao final da nota, a empresa garante que, 80 dos 85 produtos continuam a ser produzidos e comercializado sem qualquer restrição.