O maquiador Diego Ramos Quirino, que matou a mãe e mais três mulheres, entre elas Vilma Santos de Oliveira, a Yalorixá Yá Mukumbi, em agosto do ano passado, no Jardim Bancários, na zona oeste de Londrina, passou na manhã de ontem por exame de sanidade mental e dependência toxicológica no Instituto Médico Legal (IML) de Londrina.
Os psicólogos e psiquiatras ouviram o acusado e alguns familiares. Porém, os peritos ainda não finalizaram o exame e pretendem ouvir o maquiador novamente e mais integrantes da família, entre eles a ex-mulher de Diego, que presenciou o crime, no próximo dia 15. Após as novas oitivas é que o laudo final será emitido.
"O objetivo é constatar as condições psicológicas do Diego no momento do ato. (O exame) Vai tentar mostrar se ele tinha consciência do que fez e se era capaz de compreender os fatos e agir, conforme, este conhecimento", explicou o advogado de defesa, Fabrício Almeida Carraro. Não há prazo definido para a elaboração do laudo.
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O teste foi requisitado pelo Ministério Público (MP) e, dependendo do resultado, pode indicar que o julgamento do acusado seja por júri popular. A acusação aponta que Diego Quirino agiu impulsionado por intolerância religiosa, já a defesa entende que o maquiador sofreu um surto psicótico no momento do crime.
Quirino está preso na unidade 2 da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL) desde o dia da chacina, 3 de agosto do ano passado. Em 13 de julho, Diego Ramos Quirino foi interrogado pela juíza da 1ª Vara Criminal de Londrina, Elizabeth Kather. Todas as 18 testemunhas arroladas no processo também já foram ouvidas. Após a conclusão do exame de sanidade e as alegações da defesa e da acusação, a data do julgamento será marcada. O acusado vai responder por quatro homicídios qualificados e um homicídio qualificado tentado.