O júri popular realizado nesta quinta-feira (4) condenou Emerson Henrique de Souza a 23 anos e dez meses de reclusão e dez meses e um dia de detenção no total pela acusação de tentativa de feminicídio da ex-companheira, Cidnéia Aparecida Mariano da Costa, 34, além de ser culpado por outras qualificações relacionadas ao crime. Néia, como é conhecida entre pessoas mais próximas, foi agredida, asfixiada e abandonada em uma estrada rural na zona norte de Londrina. O crime ocorreu em abril de 2019. Depois desse ataque, ela ficou tetraplégica e não recuperou a fala. A falta de oxigenação no cérebro gerou uma síndrome neurológica chamada encefalopatia hipóxico-isquêmica que resultou na perda dos movimentos.
A sessão começou às 9 horas da manhã e foi presidida pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Londrina, Paulo César Roldão. Pela manhã foram sorteados sete jurados leigos para compor o conselho de sentença, que foram escolhidos de uma lista de 25 nomes. Souza respondeu os questionamentos e confessou os atos que praticou. Também foram ouvidas pessoas próximas a eles na condição de informantes.
A acusação foi feita pelo Promotor de Justiça, Ricardo Alves Domingues, que pediu a condenação por tentativa de feminicídio. Domingues apresentou a ficha de atendimento médico, com detalhamento técnico que aponta que houve hematoma no pescoço cervical resultado de agressão e que aponta que o estado clínico era resultado de sufocação direta envolvida.
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"Tem que ser uma força considerável para obstruir a respiração”, destacou. "Para mim isso é homicídio consumado. Apertar o pescoço até perder os sentidos, privando o oxigênio até destruir a pessoa e abandoná-la à própria sorte. Se disser que isso não é tentar matar, eu não sei mais. Se tivesse um mínimo de honradez, ele diria que está arrependido”, argumentou.