A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) publicou, no Jornal Oficial desta sexta-feira (3), dois termos aditivos referentes aos contratos que possui com as cooperativas de Catadores de Materiais Recicláveis e de Resíduos Sólidos (Coopersil) e Regional de Coleta Seletiva e Reciclagem (Cooprelon). As publicações reduzem significativamente o número de domicílios atendidos por cada entidade e, consequentemente, os valores dos acordos.
Cada cooperativa, no caso, ganhava quase R$ 160 mil por mês para fazer o serviço em 95 mil domicílios de Londrina, além de R$ 70,78 por tonelada de lixo reciclado coletado e comercializado. Os aditivos, publicados nesta sexta, diminuem os preços pagos pela coleta e o número de imóveis atendidos pelas entidades.
O contrato com a Cooprelon sofreu supressão de pouco mais de 30 mil imóveis. A cooperativa vai passar a cuidar de cerca de 60 mil domicílios, além dos distritos rurais. A diminuição reflete a redução nos valores pagos referente aos serviços de transbordo (de R$ 63 mil para R$ 45.391,83) e ao aluguel de barracões (de R$ 70 mil para R$ 42 mil). Por outro lado, o aditivo aumenta o valor pago pelo recolhimento do INSS (R$ 13,2 mil para R$ 28.422,09) e pela remuneração dos cooperados, de R$ 25.572,84 para R$ 45.391,83. Isso porque a Cooprelon sofreu aumento no número de recicladores, de 150 para 180.
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Já no caso da Coopersil, há a redução de pouco mais de 13 mil domicílios, ou seja, a cooperativa ficará responsável, a partir de agora, por 82 mil imóveis. O contrato da cooperativa também sofreu diminuição, de cerca de R$ 10 mil. Além disso, o aditivo dividiu a cláusula referente aos preços pagos em mais itens. Antes, a redação ia até a letra 'd'. Agora, vai até a letra 'f'. A CMTU vai pagar R$ 22.880,00 mil para a cooperativa pelo recohimento do INSS, R$ 47.052,35 pela remuneração dos cooperados; R$ 51.876,38 pelo serviço de transbordo e R$ 28,1 mil pelo aluguel dos barracões.
A partir de agora, a Cooprelon vai receber pouco mais de R$ 120 mil mensais pelos serviços. Já a Coopersil receberá cerca de R$ 145 mil por mês.
Os pouco mais de 40 mil domicílios, suprimidos dos contratos com as duas cooperativas, serão oferecidos, através de um novo acordo, para a Coocepeve. Representantes da cooperativa e da CMTU se reuniram nesta sexta-feira (3) para discutir a questão. A presidente da entidade, Sandra Araújo Barroso, informou que os recicladores aceitam ficar responsáveis por 30 mil domicílios. "Tínhamos a intenção de pagar R$ 100 mil mensais para a Coocepeve pelo serviço em 49 mil imóveis. Como a entidade pediu a redução, vamos ter que recalcular os valores", disse o presidente da CMTU, André Nadai.
Uma nova reunião, marcada para a próxima segunda-feira (6), deve decidir os valores e culminar no firmamento do contrato. "Estamos muito próximos de conseguir fechar o acordo." O impasse já virou 'novela'. Companhia municipal e Cocepeve discutem a questão desde novembro do ano passado.
O restante dos domicílios, que deve sobrar após o eventual firmamento do contrato com a Coocepeve, deve ser atendido pelo próprio município. "Vamos recolher o reciclável por meio do programa Cesta Verde, da Secretaria de Agricultura, dos mutirões com a Saúde e com veículos próprios", listou André Nadai. O material, segundo ele, será recolhido pela prefeitura, mas a destinação será feita pelas próprias cooperativas. "Vamos fazer o encaminhamento aos barracões, para que os recicladores deem continuidade ao trabalho", explicou.