A Rede de Farmácias São João informou ao deputado estadual Tercílio Turini (PSD), por meio de um ofício, que concorda com a preservação da chaminé histórica em Londrina, uma construção que remonta à década de 1930.
"Em relação à solicitação de preservação da chaminé da antiga Serralheria e Cerâmica Mortari, esclarecemos que a empresa é a favor da manutenção da referida chaminé, que representa um marco e uma história que deve ser preservada", escreve a empresa no documento.
No documento, consta, ainda, que a Rede de Farmácias São João teve uma reunião com a Prefeitura de Londrina no dia 25 de fevereiro de 2024, com a presença do chefe de gabinete e do secretário municipal de Obras, para expor a posição da empresa quanto à permanência da chaminé.
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De acordo com o ofício enviado à Alep (Assembleia Legislativa do Paraná), a empresa diz não ser a proprietária do terreno e afirma que deve alugar uma loja do imóvel comercial que será construído por investidores.
"Importante também esclarecer que houve vinculação nas mídias e na comunidade em geral que a obra seria realizada por uma farmácia, com menção à Rede de Farmácias São João. Ocorre que a obra está sendo realizada por investidores e não pela Farmácia São João, sendo esta uma mera locatária da loja", aponta o documento, que foi assinado por Pedro Henrique Kappaun Brair, presidente da Rede.
MARCO HISTÓRICO
Na segunda-feira (26), o deputado Turini aprovou na Assembleia Legislativa do Paraná o envio de um expediente à Rede de Farmácias São João. No documento, constava a importância da preservação da chaminé da antiga Serraria e Cerâmica Mortari, por ser um marco histórico, cultural e do desenvolvimento de Londrina.
PREFEITURA DE LONDRINA
A Prefeitura de Londrina suspendeu por tempo indeterminado a demolição da chaminé da antiga Indústria Mortari, situada no centro de Londrina. O imóvel do final dos anos 1930, que tem mais de 4 mil m², vai abrigar uma farmácia e algumas lojas.
Por ser privado e nunca ter sido tombado, a Secretaria de Cultura de Londrina afirma que a preservação dos traços históricos, como a chaminé e o portal, depende da sensibilidade do proprietário.
Com toda a estrutura já demolida, a única lembrança da serraria e cerâmica da Indústria Mortari que resta “em pé” é a chaminé, que teve parte do seu topo demolida durante a manhã desta segunda-feira (26). O trabalho foi interrompido pelo próprio prefeito Marcelo Belinati (PP), que esteve no local.
Em post nas redes sociais ele escreveu que "ali está sendo construído um empreendimento comercial importante para o desenvolvimento da cidade. Mas nossa história precisa e deve ser preservada. A história e o futuro devem caminhar juntos, em harmonia”, pontuou.
No final do dia, a prefeitura emitiu nota explicando que "está solicitando ao investidor da área que preserve a chaminé que tem 90 anos e faz parte da história da cidade. Enquanto aguarda a decisão, a suspensão da demolição está mantida".