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Um mês

Lágrimas e saudades na missa para Amanda

Redação Bonde
29 nov 2007 às 08:56

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Os pais, usando camisetas com a foto da filha, buscam na fé o apoio para vencer a dor - Marcos Zanutto
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A tradicional missa de meio-dia que acontece às quartas-feiras na Catedral Metropolitana de Londrina teve um sentimento diferente nesta quarta-feira, de saudade e tristeza. A celebração marcou um mês de falecimento da estudante de Educação Física Amanda Rossi, 22 anos. O crime aconteceu no dia 27 de outubro dentro do campus da Universidade Norte do Paraná (Unopar).

Vestidos com camisetas brancas estampadas com uma foto da garota, familiares e amigos não conseguiram conter as lágrimas. ''Estou encontrando forças, mas também choro, como no momento da Eucaristia, durante a missa. Não dá para segurar...'', comentou o pai de Amanda, Luís Carlos Rossi.

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Segundo a mãe da estudante, Maria Francisca Rossi, a família busca apoio na fé para conseguir superar este momento de dor e também para continuar firme na esperança de descobrir quem matou a jovem e qual foi o motivo do crime.

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Compreendendo a dor e a necessidade de apoio, fiéis que participavam da missa uniram-se à família em diversas oportunidades durante a celebração, como no momento em que o estudante Alexsandro Maciel cantou a música ''Amanda, anjo celeste'', que ele mesmo compôs em homenagem à amiga que ele havia conhecido na igreja.

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Terminada a missa, dezenas de pessoas fizeram uma caminhada silenciosa até a Concha Acústica (Centro). Estudantes empunhavam faixas pedindo paz. ''Queremos somente a oportunidade de viver'', dizia uma delas.


''Agradeço o apoio de todas as pessoas que rezam com a gente. Mas queremos uma resposta, uma punição para quem cometeu o crime. A justiça do céu está feita, mas queremos que também aconteça a justiça da terra. Não vamos descansar enquanto isso não acontecer'', bradou o pai de Amanda, que também declarou já estar cansado de tanto lutar para que o assassino ou assassina de sua filha não fique impune. Ele espera pela solução do crime para voltar a ''tocar a vida''.

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Para a mãe, existe a certeza de que a polícia está trabalhando no caso, mas a falta de informações não permite que ela se tranquilize. O sofrimento persiste a cada dia sem novidades. No coração, Maria Francisca carrega o insistente desejo de saber por qual motivo a sua filha morreu. ''Não desejo nada de mal para quem fez essa maldade com a minha filha, mas preciso saber quem foi e por qual motivo'', disse emocionada.


Pai e mãe compartilham a opinião de que somente uma pessoa que conhecesse muito bem o campus da universidade poderia ter cometido o assassinato. ''Estive lá, fui ao local onde ela foi encontrada morta. É impossível que uma pessoa que não conheça o lugar chegue até lá. E tem outra coisa, a Amanda era uma menina medrosa demais, tinha muito medo do escuro. Ela não iria até lá com qualquer um'', comentou Luís Carlos Rossi.


O casal também disse que já passou todas as informações possíveis para a polícia. ''Muitas notícias chegam até nós, mas nada com fundamento'', explicou o pai.

Folha de Londrina


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