A instalação de uma unidade de atendimento para vítimas de queimaduras em Londrina será discutida nesta quinta-feira, às 10h30, na Câmara de Vereadores.
Estarão presentes representantes dos hospitais de Londrina, da Secretaria Municipal de Saúde e da 17ª Regional de Saúde.
A discussão sobre a falta de atendimento especializado para queimados na região voltou à tona após a morte da empregada doméstica Maria Sueli Pereira, terça-feira, na Santa Casa de Londrina.
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No último dia 13, ela sofreu queimaduras graves durante um incêndio em sua casa, em Cambé (13 km a oeste de Londrina).
Há uma semana aguardava um leito no Hospital Evangélico de Curitiba único no Paraná que dispõe de uma ala para queimados.
Segundo o chefe da 17ª Regional, Gilberto Martins, a Secretaria Estadual de Saúde manifestou a intenção de colaborar com a criação de uma unidade em Londrina.
''O local seria o Hospital Universitário (HU), uma vez que os recursos seriam públicos'', afirmou.
Já a Secretaria Municipal enviou um ofício pedindo recursos ao Ministério da Saúde.
O secretário Sílvio Fernandes informou que se as verbas forem liberadas, o atendimento ficará a cargo do Hospital Evangélico.
Segundo o diretor-geral do Evangélico, Antônio Carlos Ribeiro, o hospital tem condições de abrigar a unidade, que teria de 8 a 12 leitos.
''Já contamos com profissionais treinados para atender queimaduras, e temos afinidade com o Evangélico da capital.''
A ala de queimados do HE de Curitiba oferece 35 leitos 22 para adultos e 13 para crianças.
A ocupação é total na maior parte do tempo, já que além de ter que atender a todo o estado, o HE recebe pacientes de SC e MS.
A situação deve se agravar ainda mais, em breve. Segundo a enfermeira-chefe do centro cirúrgico de queimados, Jaqueline Corção, o hospital recebeu do Ministério da Saúde, em março, o título de ''atendimento de alta complexidade'', o que o obrigará a diminuir o número de leitos para 24.
A maior dificuldade para a criação de uma unidade especial é o alto custo de manutenção.
A internação dos pacientes dura em média três meses e consome R$ 5 mil por mês, segundo dados do HE.
A equipe médica necessária inclui cirurgiões plásticos, fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos.
Na reunião desta quinta-feira, o vereador Tercílio Turini (PSDB), organizador do encontro, pretende redigir um documento reivindicando a ala para queimados em Londrina, assinado por representantes de diversas entidades.
O documento será entregue ao ministro de Saúde, Humberto Costa, que deve vir a Londrina no domingo.