Uma parceria entre a SMPM (Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres) e a UniCesumar resultou no desenvolvimento da cartilha Você Não Está Sozinha, em áudio e libras, que traz informações importantes sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher. O lançamento aconteceu na manhã desta sexta-feira (24), no gabinete do prefeito Marcelo Belinati.
A iniciativa tem como objetivo divulgar informações a respeito da Lei Maria da Penha – instituída em 2006 e que criou mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher – e as formas de combate e denúncia dessa violência, possibilitando a inclusão informacional de pessoas com deficiências auditivas e visuais. Para isso, foram desenvolvidas uma cartilha impressa e digital, pela SMPM, e um vídeo que traduz o conteúdo em áudio e libras, pela UniCesumar.
O material impresso possui informações como: o que é a violência doméstica e familiar contra a mulher; as formas de violência; por que é importante buscar ajuda; direitos previstos na Lei Maria da Penha; contatos importantes; questionário, com alguns sinais de alerta, para que a mulher possa responder e identificar se está em situação de violência doméstica e familiar; e relatos de mulheres atendidas pelo Centro de Referência de Atendimento à Mulher, e que superaram a violência.
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O prefeito Marcelo Belinati disse que a ação é muito importante para combater a violência doméstica e familiar, e auxiliar as mulheres que estão passando por isso. "No Brasil esse é um dos mais graves problemas sociais, que se acentuou no período da pandemia do novo coronavírus. Em Londrina, estas mulheres não estão sozinhas, pois podem contar com uma rede de apoio e proteção, que as auxilia a romper o ciclo da violência, garantindo seus direitos”, enfatizou.
A secretária da Mulher de Londrina, Liange Doy Fernandes, contou que a intenção do trabalho é levar informações para todas as mulheres. "O enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher depende do acesso à informação. Esse material vem para auxiliar as ações de enfrentamento que a secretaria vem realizando”, informou.
Liange explicou que a cartilha possibilita que a mulher identifique se está vivendo um relacionamento abusivo. "É muito importante que ela saiba identificar isso para procurar ajuda. Muitas vezes, ela sabe que tem algo de errado em seu relacionamento, mas tem dificuldades para identificar que se trata de uma violência. Com esse material, ela poderá entender que está em situação de violência doméstica e procurar ajuda para que consiga romper o ciclo da violência”, afirmou.
As mulheres podem ter acesso ao material na sede da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, que fica na Rua Valparaíso, próximo à Avenida Higienópolis. Para buscar a cartilha, é necessário agendar um horário nos telefones 3378-0119 e 3378-0111, de segunda a sexta, das 12 às 18 horas. Também será disponibilizado no CAM (Centro de Atendimento à Mulher), localizado na Avenida Santos Dumont, 408, telefone 3378-0132, na página da SMPM no Portal da Prefeitura de Londrina e nas redes sociais da SMPM. O material também será entregue em condomínios, escolas e instituições de ensino superior.
O diretor da UniCesumar em Londrina, Carlos Henrique Vici, apontou que a parceria da universidade com a Prefeitura de Londrina faz parte do trabalho da instituição voltado à comunidade local, por meio da educação de qualidade. "Com este projeto, estamos gerando impulsionamento da inclusão social, levando informações às mulheres que estão em situação de violência doméstica e familiar, para que, cada vez mais, isso seja debatido em sala de aula, em todos os órgãos e, principalmente, para que a gente consiga chegar até as mulheres que estão vulneráveis dentro da nossa sociedade”, afirmou.
A ação tem o apoio da deputada federal Luisa Canziani, presidente da Comissão Permanente de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados. Representando a deputada, a ex-secretária municipal de Políticas para as Mulheres, Nádia Oliveira de Moura, disse que a iniciativa é fruto de um sonho que agora se torna realidade, oportunizando o acesso à informação a muitas mulheres, para que elas possam romper o ciclo de violência em que se encontram.
A Lei Maria da Penha (nº 11.340), sancionada em 2006, foi criada para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher. O nome da lei é uma homenagem à farmacêutica Maria da Penha Maia, que foi agredida pelo marido durante muitos anos e ficou paraplégica, após uma tentativa de assassinato. A Lei Maria da Penha é considerada por entidades e órgãos internacionais como uma das legislações mais avançadas do mundo, no combate à violência doméstica e familiar.