O Núcleo Regional de Educação (NRE) de Londrina vai investigar a exposição de um trabalho feito por alunos no Colégio Estadual Dom Geraldo Fernandes, em Cambé, que provocou a ira de pais na última sexta-feira (27). O trabalho teve cenas que, na visão do núcleo, retratavam aborto e suicídio.
A chefe do NRE, Lucia Cortez, disse que será aberto um procedimento administrativo para investigar o caso. Uma comissão com três servidores da pasta será formada para ouvir a professora de Artes e o diretor da escola, responsáveis pela exposição. "Eles terão oportunidade de defesa ao longo do processo, que deve ser concluído em até uma semana", apontou. Os docentes continuam trabalhando na instituição de ensino.
Ela considera que houve equívoco na interpretação dos temas trabalhados. "A arte pode abordar qualquer tipo de assunto, seja o aborto, suicídio e até mesmo a religiosidade. O que não podemos tolerar é a forma como isso foi apresentado à comunidade em Cambé, que teve acesso ao que foi exposto. Tudo causou estranheza à equipe pedagógica. O público que esteve envolvido, ou seja, alunos do 3º ano do Ensino Médio, não estava preparado para lidar com essa apresentação", afirmou.
Leia mais:
Paranaprevidência abre inscrições para concurso público
Órgãos estaduais do Paraná vão ter escala especial de funcionamento nesta quarta-feira
Estrada da Graciosa tem pare-e-siga nesta terça-feira para recuperar local de queda de árvores
Detran alerta para golpes por mensagens SMS
O trabalho exposto no colégio de Cambé provocou a ira de pais e da comunidade ao trazer bonecas penduradas em cordas, objetos que podem ser usados para provocar aborto e até uma bíblia queimada e rasgada com manchetes de padres envolvidos em atos de pedofilia. Na sexta-feira, um pai de aluno fotografou a exposição e as imagens viralizaram. Membros da comunidade foram até a escola no fim da manhã, mas a exposição já havia sido retirada.
Além do processo administrativo no NRE, a Polícia Civil também deve abrir inquérito para apurar o caso. O senador Magno Malta (PR-ES) também disse que quer ouvi-los na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura casos de maus tratos contra crianças e adolescentes.
(Atualizado às 9h44)