Duas pessoas foram detidas e uma morreu em um confronto armado em ações da Polícia Civil e da Polícia Militar nesta quarta-feira (17), em Wenceslau Braz (Norte) e em Londrina. Todos são suspeitos de envolvimento no latrocínio de Roque Miguel Bronqueti, encontrado morto com pés e mãos amarrados no Rio Tibagi no dia 6 de janeiro, em Ibiporã (Região Metropolitana de Londrina). Uma quarta suspeita, ex-companheira da vítima, permanece foragida.
Na tarde desta quinta, policiais militares foram chamados para atender a uma situação de violência doméstica no Residencial Cristal, na zona sul de Londrina. Os denunciantes anônimos avisaram aos PMs que, além de o homem de 20 anos de idade estar agredindo sua companheira, teria envolvimento em homicídios relacionados ao tráfico de drogas naquela região.
Segundo a PM, a intervenção teve como prioridade resgatar a mulher, mas,
ao tentarem abordar o suspeito, ele se recusou a largar a arma que
estaria empunhando, o que levou os policiais a dispararem contra ele. O
Siate (Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência) foi
acionado, mas o suspeito morreu no local.
Embora a prioridade
fosse a segurança da mulher, os policiais, ao consultarem o nome do rapaz, verificaram que havia mandado de prisão contra ele pelo
envolvimento no caso de Bronqueti. "Quando a denúncia chegou até os policiais militares, que tinham o nome do suspeito, foi checado no sistema e verificado que ele tinha um mandado de prisão pelo crime de latrocínio. Ele é suspeito de ter envolvimento na morte de um senhor de Wenceslau Brás, cuja camionete foi despachada e seu corpo, desovado aqui no Rio Tibagi", explica o chefe da Comunicação Social do 5º BPM (Batalhão da Polícia Militar), capitão Emerson Castro.
Já a mulher, devido aos
ferimentos, foi encaminhada a um pronto-socorro para cuidados médicos,
mas, em seguida, seria levada para a Polícia Civil de Londrina pelo
envolvimento com tráfico - ela não teria relação, num primeiro momento, com o latrocínio.
Dentro do micro-ondas da casa, os policiais encontraram tabletes de
maconha.
Leia mais:
Homem é preso em flagrante acusado de agredir e roubar bolsa de idosa em Arapongas
Polícia Militar prende na região de Apucarana quadrilha acusada de furtar gado
Polícia Rodoviária Federal informa a liberação da BR-277, na Serra da Esperança, em Guarapuava
Em Londrina, comerciante é preso suspeito de latrocínio de PM
Dois detidos e uma foragida
Uma mulher de 19 anos
e um homem de 25 anos foram presos nesta quarta-feira pela Polícia
Civil, com apoio da PM, em Wenceslau Braz. De acordo com as
investigações, o latrocínio cometido contra Roque Miguel Bronqueti foi
praticado por quatro pessoas, que incluem, ainda, uma mulher de 22 anos,
que seria convivente da vítima, e o suspeito de 20 anos morto em confronto com a
polícia, em Londrina.
A ex-convivente está foragida, segundo a
Polícia Civil. O delegado Huarlei Augusto explica que os suspeitos
tinham conhecimento do dinheiro na conta bancária de Bronque, além de
outros bens, como terreno e veículo. “Foram ouvidas cerca de 15 pessoas
até o momento. Foram colhidas impressões digitais no veículo e feito
varredura na residência da vítima, além de outras fontes de provas que
nos auxiliaram a chegar até a autoria desse crime”, afirma.
Entenda o caso
O
corpo de Roque Miguel Bronqueti, morador de Wenceslau Braz, foi
encontrado na tarde do primeiro sábado do ano, dia 6 de janeiro, no Rio
Tibagi, em Ibiporã, com os pés e mãos amarrados. A identidade só foi
confirmada no dia seguinte pelo IML (Instituto Médico-Legal) de Londrina
e o laudo pericial não indicou a presença de cortes ou perfurações, o
que indicaria morte por afogamento.
Com a confirmação da
identidade, a Polícia Civil deixou de tratar o caso como desaparecimento
e passou a apurar possível latrocínio. Na segunda-feira, 8 de janeiro, a
caminhonete dele foi encontrada no Residencial do Café, na zona norte de
Londrina. Além do veículo, dinheiro e outros pertences teriam
desaparecido da casa da vítima, segundo a polícia.
Na
quarta-feira (10), Claudiane Piedade Machado, a então companheira do
idoso, que estava desaparecida, foi localizada em uma propriedade rural
em que os pais dela trabalham, a cerca de 80 quilômetros de Wenceslau
Braz. Ela teria dito à polícia que se isolou no sítio por ser
dependente química. Ela prestou depoimento sobre seu desaparecimento e
foi liberada.
Atualizada em 18/01/2024 às 13h38 para correção do nome da vítima.