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Guerra urbana

Repórter da Globo é libertado pelo PCC

Caroline Vicentini - Bonde
14 ago 2006 às 09:46

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- TV Globo/Divulgação
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O repórter da TV Globo Guilherme Portanova, seqüestrado na manhã de sábado (12) na capital paulista por supostos integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi libertado por volta da 0h30 desta segunda-feira (14) no bairro paulistano do Morumbi, na zona sul de São Paulo. O repórter informou que não foi agredido pelos seqüestradores. As informações são do portal Terra.

Portanova só foi libertado após a TV Globo exibir, às 0h38 de ontem, um vídeo com as reivindicações do PCC. Esta foi a condição imposta pela facção criminosa para não matar o repórter e o colega, o auxiliar técnico Alexandre Coelho Calado. Trechos do vídeo também foram exibidos pelo Fantástico, na noite de domingo (13).

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Segundo a Agência Estado, o assistente foi libertado pela facção por volta das 22h30, perto da sede da TV Globo, com o DVD e as condições determinadas pelo PCC. Na gravação, com o rosto coberto com uma touca ninja, no estilo de terroristas da Al-Qaeda, um integrante do PCC leu um texto com críticas ao sistema carcerário, particularmente ao Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).

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O PCC iniciou a ofensiva por volta das 8h do sábado. Dois homens sequestraram Portanova e Calado, que saíam da padaria União Fialense, na Avenida Luís Carlos Berrini, no Brooklin, zona sul da capital paulista. Eles tinham parado no local para tomar café da manhã, antes de iniciar uma reportagem.

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O motorista Marco Antônio Felipe disse que estava na porta da padaria quando os criminosos saíram levando as vítimas pelo braço.


Segundo a polícia, os homens do PCC e os funcionários da Globo saíram da União Fialense num Vectra preto, achado queimado pouco depois na Avenida Portugal, na mesma região.

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Depois da veiculação do vídeo, o diretor de Jornalismo da Globo, Luiz Cláudio Latgé, informou que os homens do PCC mantiveram Portanova e Calado juntos, encapuzados, num carro parado e depois numa casa de alvenaria. Por volta das 21 horas, os sequestradores colocaram Portanova num carro e Calado em outro. Solto logo depois, o técnico chegou, em pânico, à sede da emissora.


Latgé disse que nem Calado, funcionário da Globo há cinco meses, nem Portanova, contratado há oito meses, foram agredidos. O técnico serviu de portador da advertência do PCC: se a fita não fosse divulgada ainda ontem, o colega seria executado, como já aconteceu com jornalistas no Oriente Médio.

As autoridades ainda não têm pistas sobre a identidade ou o paradeiro dos seqüestradores.


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