A Polícia Civil prendeu seis suspeitos de envolvimento na morte do superintendente da Delegacia de Campo Largo, região metropolitana de Curitiba, Marcos Antônio Gogola. Cinco estão presos no COPE (Centro de Operações Policiais Especiais) e um no 9° Distrito Policial de Curitiba. Os pais do preso são suspeitos de planejarem a ação.
Foram presos Mauro do Socorro de Quadros e Iracema de Fátima Mendes da Silva, pais de Dionatan Mendes de Quadros, preso resgatado na ação criminosa. Ele foi baleado durante a operação policial e encaminhado para a UTI do Hospital Nossa Senhora do Rocio, em Campo Largo. Também estão presos por envolvimento no crime Anderson Luiz Barbosa da Luz, Iago Gonçalves e Jean Fernando Portela de Matos.
Além dos presos, Pedro Thiago Kochinski Ferreira foi morto durante a ação policial. A operação para prisão dos envolvidos foi coordenada pela delegada de Campo Largo, Gisele Durigan, e pelo delegado do Cope, Edward Ferraz. A prisão dos seis suspeitos ocorreu no bairro Cristo Rei, em Campo Largo.
Leia mais:
Mãe deixa filho de 10 anos sozinho em casa para ir ao bar e acaba presa em Apucarana
PF faz busca e apreensão contra chapa eleita no PR que comprou votos no Pix
Motociclista sem CNH foge da polícia, bate em casa e acaba detido em Londrina
Homem é detido em Tamarana por violência doméstica contra companheira idosa
Ação policial - Segundo Ferraz, havia a suspeita de que os pais do preso teriam pedido à Polícia Civil uma autorização para uma consulta odontológica com a intenção de arrebatar o detento. O preso alegava um problema em um dos dentes e dizia necessitar de atendimento.
O pai de Dionatan negou participação no crime, disse que não conhece os demais envolvidos e que, no momento da ação criminosa, estaria em um bar de sua propriedade junto com a esposa. Mauro Quadros já tem passagem pela polícia.
No momento da prisão dos suspeitos houve confronto entre os policiais e os acusados. "O Dionatan recebeu a equipe com a arma que era do Gogola. Nós conseguimos neutralizar a ação deles, mas o Dionatan acabou baleado e o Pedro foi morto", diz Ferraz.
O delegado do Cope acredita que o ato dos suspeitos de matar Gogola teria sido somente por crueldade e não acredita na hipótese de vingança. "Foi pura covardia. Não havia necessidade disso. Trata-se de pessoas muito perigosas". Ferraz não descarta que outras pessoas estejam envolvidas no crime.
Assassinato - Gogola foi morto na manhã de quinta-feira (5), enquanto escoltava, junto com um agente carcerário, um preso que era conduzido para um consultório odontológico. O agente carcerário, Marcos Vieira Nihues, também foi baleado e encaminhado para o Hospital Nossa Senhora do Rocio, em Campo Largo.
Por causa da morte de Gogola, que será sepultado no Cemitério Água Verde, em Curitiba, por volta das 10 horas desta sexta-feira, o Sindicato das Classes dos Policiais Civis do Paraná (Sinclapol), convocou uma paralisação de 24 horas em todas as delegacias e departamentos da Polícia Civil do estado. Somente casos mais graves devem ser atendidos. (atualizado às 12:43)