O juiz federal Sergio Moro, da 13ª Vara Federal Criminal, recebeu denúncia contra o ex-deputado federal André Vargas e outras três pessoas no âmbito da Operação Lava Jato. A denúncia foi oferecida pela força-tarefa da operação no Ministério Público Federal (MPF).
Segundo a força-tarefa, o ex-deputado "teria se utilizado indevidamente de sua influência política" junto a funcionários da Caixa Econômica Federal, no final de 2013. O objetivo era a contratação da empresa IT7 Sistemas Ltda, pertencente a Marcelo Simões, para prestar serviços de informática e fornecer programas de computador para uso do banco.
O MPF afirma que a IT7 Sistemas teria pago propina de quase R$ 2,4 milhões a André Vargas e ao irmão Leon Vargas, com a intermediação do doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato. O contrato com a Caixa rendeu à empresa de informática o valor de R$ 71,3 milhões. Além disso, segundo a força-tarefa, a propina teria sido recebida "de forma dissimulada" a partir de notas fiscais emitidas por empresas vinculadas à contadora Meire Poza, que trabalhou para o doleiro.
Leia mais:
Propaganda eleitoral para o segundo turno começa nesta sexta
Malafaia diz que fez as pazes com Bolsonaro e ri de 'bolsominions viúvas de Marçal'
Barroso reage a pacote do Congresso contra STF e critica interesses políticos
Rejeitar o PT é estratégico para Maria Tereza, afirmam analistas
Marcelo Simões, Leon Vargas e Meire Poza foram citados na mesma denúncia pelo MPF e também são réus da ação penal. Os quatro denunciados vão responder pelo crime de lavagem de dinheiro.
No ano passado, o ex-deputado André Vargas foi condenado a 14 anos e quatro meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O motivo foi outro contrato da Caixa Econômica Federal, daquela vez com a empresa Borghi Lowe Propaganda e Marketing.