O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgou que vai se submeter a uma cirurgia no quadril em outubro de 2023. Lula possui artrose na cabeça do fêmur, ou seja, desgaste na cartilagem que reveste as articulações, e tem se queixado de dores com mais frequência.
“Eu quero fazer a cirurgia porque eu não quero ficar com dor. Ninguém consegue trabalhar com dor o dia inteiro. Então, eu sinto que, às vezes, eu estou com mau humor com meus companheiros”, confirmou durante o programa semanal "Conversa com o Presidente".
“Às vezes, fica visível no meu rosto que eu estou irritado, que eu estou nervoso. E aí você vai ficando uma pessoa incômoda, você vai ficando uma pessoa chata, você vai ficando uma pessoa que ninguém quer falar ‘bom dia’ para você, mas com medo de tomar um esporro. Então eu tô chegando à conclusão que eu tenho que operar”, comentou.
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No domingo (23), Lula passou por procedimento no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O presidente fez uma infiltração na região da perna e do quadril para diminuir as dores, no entanto, ainda segundo ele, nesta segunda, o quadril voltou a doer. “E parece que voltou a doer um pouco mais”, reclamou.
Lula comentou que fará mais uma infiltração e que está se preparando para a cirurgia em outubro, com regime e atividades físicas. O procedimento, falou ele, é razoavelmente rápido (aproximadamente duas horas e meia) e a recuperação depende da disciplina na fisioterapia. Enquanto estiver se recuperando, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) fica na Presidência.
Agenda internacional
Conforme o presidente, a data da cirurgia vai ser encaixada entre os encontros internacionais já programados e que, na visão dele, são viagens importantes e reuniões em que precisa estar presente.
O primeiro deles é a Cúpula da Amazônia, nos dias 8 e 9 de agosto, em Belém, no Pará, que reune os presidentes dos oito países da região. De acordo com Lula, o objetivo é construir uma posição conjunta que será levada à conferência do clima das Nações Unidas, a COP28, nos Emirados Árabes, de 30 de novembro a 12 de dezembro.
“Brasil, os países da América do Sul que fazem parte da Amazônia, mais os dois Congos [República do Congo e República Democrática do Congo] que nós convidamos para vir à reunião, mais a Indonésia, são os países que têm muita reserva de floresta. Então, o que nós queremos é dizer ao mundo o que queremos fazer com a nossa floresta e dizer o que o mundo tem que fazer para ajudar, porque prometeram US$ 100 bilhões em 2009 e até hoje não saiu esses US$ 100 bilhões”, frisou.
De 22 a 24 de agosto, na África do Sul, Lula participa da Cúpula do Brics – bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Já em 9 e 10 de setembro, estará na Índia para a Cúpula do G20, grupo que reúne as principais economias do mundo. O Brasil vai receber a presidência temporária do grupo para 2024.
Em 19 de setembro, Lula abre a sessão de debates da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Na ocasião, será lançado um programa de geração de empregos entre os países.