Esta semana marca o início dos principais campeonatos estaduais. Esvaziados, desinteressantes e deficitários, os estaduais minguam com o passar do tempo. São péssimos para os grandes clubes e muitas vezes a única competição para os clubes pequenos de cidades interioranas, que dessa forma mantém suas equipes em atividade por apenas três ou quatro meses.
A tendência é que os estaduais percam cada vez mais sua importância, talvez substituídos por torneios classificatórios para competições regionais ( as experiências recentes com competições como o Rio-São Paulo, e as copas Sul-Minas, Centro-Oeste e Nordeste mostraram ser esta uma opção viável).
Mas mesmo assim alguns estaduais ainda trazem novidades interessantes. O destaque é para São Paulo, graças ao alvoroço causado pelas contratações corintianas e pelos bons reforços do Santos. No Rio de Janeiro o interesse deve-se mais à incompetência dos clubes locais para formar boas equipes para o Campeonato Brasileiro. Dessa forma, o estadual passa a ser a única chance de comemorar alguma coisa no decorrer da temporada.
Já no Paraná, a exemplo do que acontece na maioria dos estados, a competição é uma piada. O Atlético deve jogar com o time reserva, o Coritiba irá mandar jogos em Maringá, o Paraná perdeu a maior parte dos bons valores da última temporada. Vai ser duro convencer o torcedor a acompanhar o campeonato.
Fim da picada
A Copa São Paulo de Futebol Junior já foi um celeiro de craques mas hoje não passa de um grande mercado persa de compra, venda e troca de jogadores. Absurdamente inchada, a edição deste ano chegou ao cúmulo de colocar frente a frente duas equipes do Palmeiras numa disputa fatricida. Isso num campeonato que conta com a chancela da Federação Paulista, que se diz a mais organizada do país.
Tamanho deszelo gerou críticas sensatas, por mais incrível que possa parecer, de Eurico Miranda, que se recusou a inscrever o Vasco no torneio para evitar que os jovens lapidados pelo clube fossem presa fácil para empresários inescrupulosos. Não é que o velho cartola deu uma bola dentro.
Nada a ver com isso
Mas dentro de campo os garotos mostram que ainda existe uma parte boa nesse campeonato. Melhor para Iraty e Paraná, que disputam as oitavas de final da competição, sonhando com vôos mais altos. Mas o favorito ainda é o Corinthians, que conta em eu elenco com vários jogadores que disputaram jogos do Brasileirão 2004. Melhor seria se o regulamento não permitisse a participação de jogadores com passagens no time profissional.
Nota 10
Para Ricardo Mello, que iniciou muito bem a temporada e já está entre os 60 melhores tenistas do mundo.
Nota 0
Para a ridícula batalha de egos de Pelé e Romário. Quando eles abrem a boca é melhor tapar os ouvidos, porque coisa boa não vem.