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Aguardado reencontro

07 jun 2005 às 11:00

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Nada melhor do que se preparar para o jogo contra os temidos argentinos com uma bela exibição e goleada contra o Paraguai. Depois de um longo tempo com um futebol eficiente mas nada emocionante – a cara de seu técnico – a Seleção Brasileira finalmente fez uma apresentação digna de sua fama. Não foi ainda um daqueles espetáculos de encher os olhos, mas foi muito mais do que a torcida acostumou-se a ter nos últimos anos.

Ronaldinho Gaúcho e Robinho puderam mostrar um pouco do que podem fazer numa partida e animaram seus colegas a arriscarem um pouco mais em jogadas e dribles de efeito. Desyaque neste quesito para a chapelaria de Roberto Carlos e para a boa atuação de Zé Roberto, jogando muito mais solto do que está acostumado no tradicionalmente mais recuado time de Parreira. Pena que Kaká, apesar de ótimos lançamentos tenha sido um pouco mais tímido que seu companheiros.

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A nota destoante foi, e isso não é surpresa, o desempenho do zagueiro Lúcio. Estabanado como sempre, não conseguiu marcar Roque Santa Cruz no gol paraguaio – e ainda levou azar no lance, já que a bola só entrou porque rebateu em suas costas – e ainda foi justamente expulso em um jogo que trouxe pouco trabalho para a zaga brasileira. Só permanece na equipe titular pela teimosia insuperável do técnico.

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Mas as atuações foram boas em sua maioria:

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Dida – não teve culpa no gol, principalmente devido ao desvio em Lúcio. Fora isso, não teve muito trabalho. 6;


Beletti – não substitui o titular Cafu à altura. Apoiou pouco se comparado à Roberto Carlos. Cicinho é muito melhor. 5;

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Lúcio – o pior do time. Falhou no gol e ainda foi expulso infantilmente após deixar a bola escapar de seu controle e fazer uma falta feia. Lastimável. 0;


Roque Júnior – apesar da insegurança do companheiro, até que deu conta do recado, mesmo porque a defesa não teve muito trabalho. 6;

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Roberto Carlos – fazia muito tempo que não jogava tão solto. Boas jogadas pela linha de fundo e belos dribles. 8;


Emerson – não complicou e fez o que sabe. Não é o melhor jogador da posição mas tem confiança e liderança. 6;

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Zé Roberto – finalmente mostrou na Seleção o bom futebol que pratica nos clubes em que passou. Como o Paraguai esteve bem recuado, aproveitou bem o espaço para subir ao ataque. Ainda fez o gol mais bonito do jogo. 9;


Kaká – um pouco inibido perto da dupla Ronaldinho-Robinho, mas deu ótimos passes e armou bem a equipe. Só faltou um pouco mais de brilho individual. 7,5;

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Ronaldinho Gaúcho – aproveitou que estava em sua terra e deu seu show. Fez boas jogadas com Robinho, Kaká e Zé Roberto. Atravessa uma fase fantástica e bateu os dois pênaltis com muita precisão. 8,5;


Robinho – não se intimidou com a responsabilidade do jogo. Abusou um pouquinho da individualidade mas conseguiu cavar um pênalti. Fez um gol de artilheiro no momento em que iria sair. 8;

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Adriano – por suas características de homem de área não apareceu tanto em uma equipe que se esmerou em toques e tabelas. Ao menos prendeu a zaga paraguaia dentro da área, abrindo espaço para quem vinha de trás com a bola dominada. 7;


Juan – entrou após o quarto gol, quando o Paraguai jogou a toalha. Quase não teve trabalho mas em nada lembra o estilo atabalhoado do titular. 6;


Gilberto Silva – sua entrada serviu mais para marcar o seu retorno à equipe após tempo afastado por contusão. Pouco tempo. Sem nota;


Ricardo Oliveira – pouco tempo para mostrar alguma coisa. Correu e se esforçou mas a equipe já havia reduzido o ritmo. Sem nota.


Quase tudo igual


Os jogos do meio de semana das Eliminatórias devem confirmar a classificação, com uma rodada de antecedência, de Japão, Arábia Saudita, Coréia do Sul e Irã; e com três rodadas de folga, de Argentina e Brasil, além de quase garantir o Equador. Com isso, começa a se desenhar o mapa dos participantes do próximo mundial, que até agora contava apenas com a anfitriã Alemanha.


E analisando os resultados e as probabilidades de classificação, quase todos os participantes da última Copa marcarão presença em terras alemãs no ano que vem. Onde podem ocorrer mais mudanças é na Europa, até mesmo porque algumas equipes tradicionais não disputaram o primeiro mundial realizado na Ásia.


Dos que já devem garantir presença nesta quarta, apenas o Irã não participou em 2002. Com isso, substitui a China, que foi eliminada pelo Kuwait por ter marcado um gol a menos que os rivais na fase anterior da disputa. Outra novidade é que o continente tem a chance de um quinto representante – que disputa a vaga contra o quarto colocado das Américas do Norte e Central. O classificado para a repescagem deve sair do duelo entre Bahrein e Kuwait.


Na América do Sul, além das três seleções já citadas, o Paraguai – que esteve em 2002 – deve manter a quarta colocação e a última vaga direta para a Copa. Indefinição maior fica para o classificado à repescagem contra o campeão da Oceania (quase certamente a Austrália, que decide a vaga em dois confrontos contra as Ilhas Salomão). Colômbia, Chile, Uruguai e até Venezuela tem chances de repetir o que fizeram os uruguaios três anos atrás.


Na Concacaf, México e Estados Unidos são proprietários cativos de duas vagas. Costa Rica e Guatemala disputam quem vai para a Copa diretamente e quem joga a repescagem contra um asiático. Os três primeiros representaram a região na última edição.


Na África, onde apenas os campeões de cada grupo seguem à Alemanha, África do Sul e Nigéria (empatada com a surpreendente Angola) lideram suas chaves e têm grandes chances de repetir 2002. Os outros três representantes continentais no Japão/Coréia do Sul, continuam com chances de bisar o feito. Senegal, Camarões e Tunísia seguem em segundo em suas chaves atrás, respectivamente, de Togo, Costa do Marfim e Marrocos, mas ainda enfrentam os líderes antes do término da disputa.


Já na Europa (que perdeu uma vaga na Copa), onde os campeões dos grupos e os dois melhores segundos colocados avançam diretamente ao Mundial – os outros seis segundos disputam três vagas em jogos de ida e volta – garantidos mesmo somente os alemães. Além deles, Portugal, Itália, Croácia, Polônia e Espanha (presentes em 2002) lideram seus grupos com boas chances de garantir a vaga. Inglaterra (com um jogo a menos que os poloneses), Suécia, Rússia e Eslovênia estão em segundo lugar em suas chaves e ainda bem na disputa.


Situação mais difícil para França e Turquia que seguem em terceiro. Os franceses estão no grupo mais equilibrado e tanto podem assumir a liderança como cair para a quarta posição. Já os turcos disputam o segundo lugar com os gregos, já que a Ucrânia disparou na ponta. E Bélgica, Irlanda e Dinamarca dificilmente devem se classificar. Quem pode surgir de diferente do último mundial, além da quase certa presença dos ucranianos, são Grécia, Sérvia e Montenegro, Suíça, Eslováquia e Noruega.


Surpresa


E não é que o Atlético ganhou do Santos. Graças ao goleiro Henao, que tem estilo parecido com o de seus colegas de profissão, Higuita e Jorge Campos, mas joga muito menos.


Nota 10


Para a exibição do quarteto ofensivo do Brasil, com apoio de Roberto Carlos e Zé Roberto. Finalmente Parreira acertou uma. Pena que provavelmente o esquema ofensivo não deve perdurar.


Nota 0

Para Lúcio e sua falta de intimidade com aquele objeto esférico que rola pelo campo de jogo. Alguém precisa urgentemente apresentar a bola ao zagueiro.


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