A horrível bola alaranjada que tomou conta de alguns dos principais campeonatos estaduais, inclusive aqui no Paraná, e a estranha bola metade branca, metade dourada utilizada na Libertadores prova que nem sempre as novidades trazem dias melhores para os atletas e torcedores. As tonalidades adotadas nestas bolas dificultam sua visualização para quem está presente nos estádios e mais ainda para quem assiste aos jogos na TV, especialmente nas partidas noturnas. Mas quem mais sofre são os goleiros, que dependem da perfeita visão dos lances para exercer o seu ofício de evitar gols. Isso se torna pior ainda nos estádios mais acanhados que ainda possuem iluminação deficiente. Sem dúvida a bola pode manchar a reputação de muito goleiro por aí.
Mas o que este fato mostra é que os atletas não tem um pingo de organização e unidade para exigir os meios adequados para a prática de sua profissão. Se nos demais esportes predomina o falso amadorismo, no futebol vive-se em um regime de falso profissionalismo.
Tela fora
A ridícula, absurda e nada inteligente proibição às redes de TV de filmarem os jogos das cabines de imprensa, exilando as câmeras ao nada nobre espaço atrás das traves é um tiro pela culatra da federação, que com isso conseguiu apenas desvalorizar ainda mais o campeonato, já que os gols paranaenses deixaram de ser veiculados nos programas nacionais porque as imagens não atendem a um padrão mínimo de qualidade.
Para acabar com esta medida medíocre, bastaria que as emissoras de TV locais fizessem um pacto e parassem de cobrir os jogos. A pressão do público e dos próprios clubes se encarregaria do resto.
Vela fora
O Brasil Um conheceu na segunda perna da Regata de Volta ao Mundo as agruras típicas de uma prova como esta. Com problemas no convés e mais tarde no mastro, o veleiro brasileiro teve que recorrer ao motor para chegar a um porto seguro. Mas nada que apague o bom desempenho obtido na competição até o momento, nem a esperança de uma rápida recuperação nas próximas etapas. Difícil será vencer os holandeses.
Roda dentro
A se julgar pelo que vem acontecendo nos primeiros treinos, a temporada da F-1 será uma das mais competitivas dos últimos anos. Com os novos motores de 8 cilindros e 2,4 litros de deslocamento, as equipes tiveram que partir do zero, o que pode igualá-las em um primeiro momento. Além disso, percebe-se uma maior motivação de alguns pilotos, como Schumacher e Barrichello, e uma espécie de última chance para mostra algo para outros: Montoya e Fisichella, por exemplo.
Quem também tem uma chance única é Felipe Massa e seu contrato de apenas um ano na poderosa Ferrari, que desceu do salto alto e antecipou o desenvolvimento do novo modelo. Quem desperta dúvidas é o atual campeão, Fernando Alonso, que de forma desastrada já antecipou que muda de equipe em 2007, o que pode causar uma crise interna na Renault. A oxigenação do mercado de pilotos e a entrada mais forte de mais duas grandes fábricas -- BMW e Honda agora com equipes próprias -- são mais dois ingredientes que podem resultar numa receita de sucesso. Tomara que as previsões de equilíbrio e disputas se confirmem na hora de acelerar de verdade.
Nota 10
Para Romário, que calou a boca de quem crítica os seus jogos amistosos marcando três gols no clássico contra o Botafogo, na reabertura do Maracanã.
Nota 0
Para as restrições impostas às TVs na cobertura do Campeonato Paranaense.