A derrota para o São Paulo na final da Libertadores foi doída para todos os jogadores e torcedores atleticanos. E mais ainda para a direção do clube, que via no título mais um passo rumo ao grupo dos maiores times do futebol brasileiro. Mas mesmo o vice-campeonato é uma façanha e tanto para uma equipe ascendente. Algo que outras tradicionais equipes, como o Corinthians, por exemplo, não chegaram nem perto.
Mas não há dúvida alguma que o título ficou em boas mãos já que o São Paulo foi o único time a jogar bola na final – pelo menos no segundo jogo. A goleada impiedosa não veio por acaso e felizmente serviu para derrubar a tendência de equipes retrancadas conquistarem títulos importantes. Once Caldas na Libertadores anterior e Grécia na Eurocopa que o digam.
Rogério Ceni foi um mero espectador do jogo, até mesmo no pênalti (que não foi) cobrado na trave por Fabrício, até então o melhor atleticano em campo. A partir deste lance, que foi o último do primeiro tempo, nada mais deu certo para o Furacão, enquanto o Tricolor se mostrou num dia iluminado e fez mais três gols no segundo tempo, um deles impedido – o que não mudaria em nada o resultado final.
De ressaca, o Atlético conseguiu um boa vitória fora de casa contra o seu xará mineiro e passou a lanterna para outra mãos. Com duas vitória consecutivas no Brasileirão, já dá os primeiros passos para escapar da incômoda zona do rebaixamento.
Sem ter o que comemorar
Coritiba e Paraná não tiveram sorte semelhante. O Coxa teve inúmeras chances de gol, que perdeu uma a uma. Melhor para o Botafogo que em três lances de bola parada construiu um placar elástico mas deve a vitória a excelente atuação do goleiro Max.
Já o Tricolor da Vila abriu mão do mando de jogo em troca de um reforço para suas finanças, decisão criticada mas totalmente compreensível. Jogando num estádio repleto de corintianos, os paranaenses até saíram na frente mas não suportaram a pressão dos "galácticos" – que aos poucos vão chegando mais perto de poder ostentar o pomposo apelido.
Astronauta
Armstrong. Sobrenome que ganhou o mundo nos pés do primeiro astronauta a pisar na lua e que agora se espalha pelos quatro ventos graças aos pés firmes no pedal de um certo Lance. Tal qual um Schumacher ou Rossi, o norte-americano Lance Armstrong revela-se um daqueles gênios que surgem sem grandes explicações e já está na reta final de seu sétimo título consecutivo da Volta da França, prova tão tradicional quanto os queijos e vinhos do povo que a abriga.
País do voleibol
Pátria de chuteiras? Depois do penta da Seleção Feminina de Vôlei no Grand Prix, este conceito anda cada vez mais ultrapassado. O renovado time de José Roberto Guimarães mostrou que está no caminho certo para chegar com boas chances às próximas Olimpíadas, competição que segue engasgada pelas amargas derrotas nas três últimas edições.
Nota 10
Para a supremacia brasileira ano vôlei, independente de gênero e piso.
Nota 0
Para o vandalismo da "torcida" do São Paulo antes, durante e depois do jogo que consagrou o "seu" time.