O novo Corinthians naufragou. O Furacão, atual vice-campeão patina. A Ferrari é, literalmente, uma furada. As atletas da Seleção Brasileira de Ginástica perderam o título brasileiro para a rebelada Daniele Hypólito. O mundo dos esportes da voltas sem parar.
Sem precedentes
A parceria, ou melhor dizendo, o aluguel do Corinthians pela MSI começou mal, seguiu enrolado, e em menos de um semestre já dá mostras de um desgaste que talvez só fosse esperado para uma fase posterior. A humilhante goleada para o São Paulo foi a gota d'água para a torcida e para os dirigentes contrários à parceria. História que já teve cenas de pugilato protagonizadas pela estrela maior da companhia, discussão acalorada do novo dono iraniano com o antigo técnico, derrotas para equipes muito menores e uma insatisfação geral no elenco, direção, comissão técnica e torcedores.
Quando o Corinthians fechou o acordo espúrio, já se imaginava que tais coisas poderiam acontecer. Só que não tão cedo e nem com tamanha fervura. Na época da co-gestão entre Palmeiras e Parmalat, aconteceram basicamente as mesmas coisas no Parque Antártica, só que de forma muito mais controlada e intra-muros. Alguns jogadores não se falavam mas não se boicotavam dentro de campo. Nem mesmo havia suspeitas de lavagem de dinheiro, que começou a ser investigada anos mais tarde. E não havia um italiano alterado no comando da parceria.
Outra diferença está no acerto das contratações, então feitas com critério e conhecimento dos jogadores, não pelos impulsos e sonhos de grandeza do reizinho Kia. Ou será que algum corintiano está contente com o desempenho do grosso Sebá ou do estéril Carlos Alberto. E aquele pênalti perdido pelo Roger não vai sair tão cedo das lembranças da Fiel. Nem mesmo o tão falado Tevez, que tem a cara do time e é um ótimo jogador, tem feito jus a seu status de craque. Sumiu em todos os clássicos que disputou e está devendo bastante. Não chega nem perto de Robinho ou Ronaldinho Gaúcho, nem de seus compatriotas Riquelme e Saviola.
E para completar, Passarella tentou impor o comando com atitudes nada inteligentes, que só colaboram para os vexames sucessivos. Os corintianos que comemoravam alguns meses atrás devem lembrar com saudade dos tempos em que Kia era apenas uma marca de automóveis.
Quebrando o gelo
Kimi Raikkonen, o "Homem-de-Gelo", finalmente se livrou do pé-frio e venceu com autoridade o GP da Espanha. Com isso botou água no chopp dos espanhóis que lotaram o autódromo para ver Alonso. Em Imola ele já havia demonstrado ter o melhor carro do momento, o que comprovou em Barcelona. Mas a próxima corrida é em Mônaco, onde tudo é diferente e qualquer coisas pode acontecer. Até mesmo uma reação de Schumacher, que no domingo sucumbiu á fragilidade de seus pneus, que furaram em dupla.
Apesar de não vencer em casa, Alonso correu pelo campeonato e mantém confortável liderança. Numa hipotética repetição das posições do GP da Espanha em todas as provas restantes, a liderança só mudaria de mãos na última etapa.
Pirueta por cima
Daniele Hypólito abandonou a equipe permanente de Ginástica Olímpica por não concordar com os métodos da comissão técnica. E na primeira competição em que enfrentou suas ex-colegas, mostrou que ainda é a ginasta mais completa do país. Um tapa com luva de pelica na Confederação.
Furacão ou brisa
Hoje o Atlético decide a sorte na Libertadores, competição em que lidera seu grupo. Joga por um empate para se classificar. Se entrar em campo o Furacão do torneio sul-americano a vaga é certa. Mas se jogar a brisa leve do Brasileirão, tudo pode ir por água abaixo.
Síndrome do fim de jogo
A torcida do Paraná adoraria que os jogos do time acabassem lá pelos trinta minutos do segundo tempo. É só passar dessa marca para a equipe desandar e jogar fora os resultados conseguidos com muito esforço até então. Foi assim na derrota para o Goiás e nos empates contra São Paulo e Juventude. Questão de concentração e confiança, que andam faltando no Tricolor.
Sinal verde
O Coxa recebeu o Palmeiras e conquistou uma importante vitória sobre um rival que aos poucos vai montando uma boa equipe. Com isso garantiu um ótimo quinto lugar na classificação. Em um campeonato equilibrado é fundamental ganhar em casa e roubar alguns pontinhos fora. Como a vitória fora contra o Fortaleza havia sido paga com a derrota caseira para o Santos, é hora de buscar mais alguns pontos longe da torcida.
Nota 10
Para Raikkonen, que se habilita a lutar pelo título contra Alonso.
Nota 0
Para diretoria, técnico, jogadores e torcida do Corinthians, sem falar no dono. Lamentáveis.