A vexatória campanha do Paraná no Campeonato Estadual expõe a falta de planejamento da maioria dos clubes brasileiros. Depois de superar as expectativas da torcida, dos adversários e da própria direção no Brasileirão do ano passado – campanha que rendeu uma vaga na Copa Sul-Americana – o Tricolor simplesmente não conseguiu manter a maioria dos jogadores e nem montou uma equipe que ao menos se aproximasse da boa qualidade anterior.
É possível alegar que em alguns casos (como nas negociações com clubes do exterior ou os maiores times brasileiros) não havia como oferecer aos jogadores contratos tão vantajosos. Mas o clube perdeu boa parte de seus atletas para outros de menor porte. O resultado é a lanterninha da competição, com apenas um ponto e nenhum gol marcado em cinco jogos. Sem falar no fantasma do rebaixamento, quase onipresente nos últimos anos da história paranista.
Primeiro passo
O Coritiba inicia hoje sua caminhada na Libertadores. Pelo que mostrou até o momento no Campeonato Paranaense, entra na principal competição do ano sem a mesma força do ano passado. Desde que se tornou órfão de Tcheco, o time não se encontrou mais e hoje conta com um técnico nitidamente inferior a Bonamigo. A torcida pode se preparar porque a classificação para a próxima fase será muito suada.
Fabuloso
Assim é conhecido Luís Fabiano. Se continuar a boa fase em breve será o melhor atacante do Brasil. Sem considerar Romário, que já está em outro ritmo, já é o melhor entre os que ainda jogam nas terras tupiniquins. Contando os "estrangeiros", ainda perde para os dois Ronaldos, mas talvez não por muito tempo. Está, com toda justiça, na Seleção, provando que Parreira ainda entende alguma coisa de futebol – apesar das convocações de Lúcio, Edmílson, Émerson e Rochemback.
Mais que fabuloso
Zidane anunciou que pretende disputar a próxima Copa. Tomara que chegue até lá mantendo a categoria de hoje. Maestro dos "Galáticos" do Real Madrid, o francês contraria a cada dia a crescente procura por correria e explosão física. Como um Ademir da Guia moderno, dita o ritmo de jogo, distribui a bola com perfeição e ainda faz os seus golzinhos. Ninguém é melhor do que ele na atualidade.
Nota 10
Para Robert Scheidt, dez vezes Campeão Brasileiro da Classe Laser. É quase covardia quando ele entra em uma regata.
Nota 0
Para a diretoria do Paraná, que descansou sobre os louros do Brasileirão e esqueceu de montar uma equipe minimamente competitiva.