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E a bola rolou...

13 dez 2005 às 11:00

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Apesar das Eliminatórias oficialmente integrarem a Copa do Mundo, a competição começa mesmo no momento em que rolam as bolinhas no sorteio das chaves de cada seleção. E mais uma vez este pontapé inicial foi bem-sucedido para o Brasil, que enfrenta na primeira fase três adversários que se não são fracos, também não freqüentam o Olimpo do futebol. Dessa forma, não se tem pela frente nenhuma galinha morta, que pode dar uma falsa impressão de superioridade até mesmo para os próprios jogadores, e nem equipes com potencial para galgar boas colocações ao final da Copa. Mas não vai ser tão fácil como tem muita gente falando.

Dos três adversários, o mais qualificado é a Croácia (favorita à segunda vaga), que teve uma excelente campanha no classificatório europeu e tem na defesa quase invulnerável sua principal característica. Não chega hoje aos pés da equipe que foi terceira colocada em 1998 com um futebol de encher os olhos, mas com certeza trará uma série de dificuldades aos brasileiros. Tomara que o péssimo costume da CBF em programar amistosos contra seleções dos últimos escalões não influencie na hora H. Ao menos o próximo jogo será com os russos, que tem um time mais fraco que a Croácia mas no mesmo nível de Austrália e um pouco abaixo do Japão.

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Conseguindo um bom resultado na estréia, o time de Parreira estará mais confiante para enfrentar o futebol tipicamente inglês (que o English Team felizmente deixou de lado) dos australianos: um ferrolho na defesa e bola cruzada para os grandalhões do ataque cabecearem. Como a zaga brasileira não sabe muito bem como lidar com chuveirinhos, é algo preocupante. A solução é abusar de dribles e tabelinhas contra os defensores cintura-dura do país dos cangurus.

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O último jogo da fase inicial é contra o Japão, que tem como maior atração o seu técnico. Zico vai sofrer por ter que enfrentar o Brasil mas já mostrou na Copa das Confederações que com correria e toques rápidos sua seleção pode incomodar os brasileiros. Principalmente se aproveitar bem as jogadas pelas laterais, contra os veteranos Roberto Carlos e Cafu (que andam devendo boas apresentações).

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São três jogos em que o Brasil tem grande probabilidade de vencer, desde que Kaká, os Ronaldos e Adriano (ou Robinho no lugar de algum deles) joguem aquilo que sabem. Ajudaria bastante se Parreira colocasse Juninho Pernambucano no lugar do Emerson, mas isso parece um sonho distante. Mas se a seleção jogar o que jogou contra a Argentina, na Copa das Confederações, o título não escapa.


Um caminho possível

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Como bom brasileiro já tenho uma série de palpites, mesmo faltando seis meses para a Copa. Depois de vencer a sua chave, o Brasil terá pela frente, pela ordem, República Checa (parada dura contra o ótimo time de Nedved), Ucrânia (todo cuidado é pouco com Schevchenko), Holanda (dessa vez sem o pé esquerdo salvador do Branco), e, na final, Argentina (com Tevez na reserva).


As outras chaves

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No Grupo A tudo leva a crer em uma tranqüila classificação da Alemanha e uma boa disputa entre equatorianos e poloneses pela outra vaga. Na segunda chave, o Paraguai deve sucumbir diante da melhor seleção inglesa desde 1966 e dos fortes e eficientes suecos. No Grupo C, tido como a chave da morte, a tradição de argentinos e holandeses deve superar os valentes sérvios e a surpreendente Costa do Marfim, que pode dar algum trabalho mas não deve superar o estigma das seleções africanas de não ir muito longe nas Copas. No Grupo D, o mais fraco de todos, portugueses e mexicanos apenas decidirão quem ficará em primeiro e segundo.


O Grupo E é bem complicado e deve ser o mais apertado. Itália, como sempre aos trancos e barrancos, e República Checa ainda são favoritas contra Estados Unidos e Gana. A chave seguinte é a do Brasil, e a penúltima tem franco (sem trocadilho) favoritismo da França, com Togo e Suíça se engalfinhando pela segunda vaga. A Coréia do Sul, sem o apito amigo que a levou até as semifinais em 2002, não tem nenhuma chance. E no Grupo H, Ucrânia e Espanha devem passar com facilidade.

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Nas oitavas aconteceriam alguns confrontos interessantes, com destaque para Alemanha x Suécia, Argentina x Portugal e Itália x Croácia. E o que dizer dos possíveis jogos das quartas: Alemanha x Argentina (num revival das finais de 86 e 90), Inglaterra x Holanda, França x Croácia (ou Itália). Nas semifinais, além do duelo brasileiro contra os holandeses, Argentina x França. E fechando com chave de ouro a inédita final entre os dois grandes rivais sul-americanos. Se as seleções seguirem este exercício de futurologia, será uma bela Copa.


Nota 10

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Para os equilibrados e perigosos grupos encabeçados por Argentina e Itália.


Nota 0

Para a definição dos cabeças de chave pela Fifa e para os fracos grupos de França e México.


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