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Eliminando as férias

31 mai 2005 às 11:00
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Às vésperas das Eliminatórias, o assunto que mais mereceu destaque no futebol foi o pedido de dispensa de Ronaldo. A idéia do jogador era abrir mão da Copa das Confederações, que não vale nada – a não ser uns bons tostões para a CBF, para descansar da extensa temporada e se preparar para a Copa do Mundo no ano que vem. Nada mais justo e merecido.

Só que Parreira mais uma vez pisou na bola e, ao atender à solicitação do atacante, decidiu afastá-lo também dos jogos contra Argentina e Paraguai, que podem valer a classificação ao mundial. Só para provar que manda, talvez ainda tomado pela velha idéia do Brasil: Ame-o ou Deixe-o, dos generais de plantão à época da primeira passagem do treinador – então preparador físico – pela seleção, em 1970. Lamentável.

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Não existe razão que não financeira em levar o time titular à competição disputada há vários anos sem nenhum destaque. É raro encontrar, mesmo entre os fanáticos por futebol, alguém que diga sem titubear quais são os últimos três campeões da Copa das Confederações. Para que arriscar os estafados músculos dos jogadores que atuam na Europa neste torneio caça-níquel, ainda mais quando o Mundial está cada vez mais próximo.

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Além de arriscar a saúde dos "europeus", a malfadada competição irá desfalcar equipes brasileiras na reta final da Libertadores e em várias partidas do Brasileirão. É impressionante a bagunça do calendário, que permite jogos da principal competição sul-americana apenas três dias antes de jogos envolvendo todas as seleções do continente.


Mas ao menos neste caso a CBF e o treinador agiram corretamente liberando Ricardinho, Robinho e Grafite para os jogos de amanhã a noite. Pior para o Atlético, que enfrenta o Santos com os seus maiores craques na Arena. O Peixe é favorito destacado, mas como o esporte em questão é futebol e as zebras são cada vez mais comuns, o Furacão tem chances, desde que jogue com vontade e determinação que supere as limitações técnicas. Time por time os dois são incomparáveis.

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Arrumar a casa


A parada de duas semanas do Campeonato Brasileiro serve para as equipes treinarem melhor para os próximos jogos. Não só Atlético, que perdeu as seis partidas, como Coxa e Paraná precisam urgentemente de ajustes para não repetirem o fiasco do último fim de semana. Um sétimo do campeonato já passou e fica cada vez mais difícil reagir. A próxima rodada do Brasileirão, aliás, terá dois confrontos curiosos. Um, dos líderes Botafogo e Juventude, e outro dos lanternas Atlético e Figueirense.

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Eliminatórias


A partir do próximo fim de semana o futebol movimenta seleções de todo o planeta em 74 partidas pelas Eliminatórias. E com chances de saírem os primeiros classificados, principalmente na América do Sul e talvez na Ásia. Na Europa e na África algumas seleções devem dar largos passos para a Copa e outras podem embolar ainda mais os seus grupos.

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África


No Grupo 1, Senegal, Togo e Zâmbia dividem a liderança com 13 pontos. Os dois últimos se enfrentam no Togo enquanto o Senegal vai até o Congo (6 pontos e quase sem chances) torcendo por um empate dos adversários.

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O Grupo 2 tem briga direta pela ponta. Em bom português, Cabo Verde (10 pontos) recebe a líder África do Sul (12) e pode virar o jogo. Gana e República do Congo (ambas com 9 pontos) tentam manter as chances recebendo, respectivamente, os quase eliminados Burkina Faso e Uganda.


Briga interessante também no Grupo 3, em que a Líbia (10 pontos) tenta, em casa, reduzir a diferença para a líder Costa do Marfim (15). De olho na partida, os camaroneses (11) viajam ao Benin (já sem chances); e os egípcios (10) recebem o também eliminado Sudão.

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No Grupo 4, a Nigéria (13 pontos) tenta manter a primeira posição em visita à Ruanda (7). Se bobear, pode ser superada pelos angolanos (11) que recebem a lanterna Argélia (3).


A última chave é uma das mais emboladas, liderada pelo Marrocos (12 pontos), seguido por Quênia (9) e Tunísia (8). Só que os dois rivais dos marroquinos têm uma partida a menos. O líder recebe o fraco Malawi (3) e deve conquistar fácil vitória. Os quenianos viajam à Guiné (8), que joga as últimas chances, enquanto a Tunísia, também fora de casa, enfrenta a quase eliminada Botsuana. E no dia 11, acontece partida isolada entre Tunísia e Guiné.


Américas Central e do Norte


Duas rodadas, nos dias 4 e 8, fecham o primeiro turno do hexagonal final da Concacaf. México (7 pontos) e Estados Unidos (6) devem abrir vantagem na ponta e só uma grande surpresa tira algum dos dois da Copa. As duas vagas restantes – uma direta ao mundial e outra à repescagem – rendem disputa maior, com mais chances para Costa Rica (4) e Guatemala (4).


Os mexicanos viajam à Guatemala e recebem o lanterna Trinidad e Tobago (1), enquanto os norte-americanos recebem os costa-riquenhos, que têm marcado presença constante nos mundiais, e viajam ao Panamá (2). As duas partidas restantes envolvem lutas diretas entre os lanternas – Trinidad x Panamá – e entre Costa Rica e Guatemala.


América do Sul


Apesar de ter jogos difíceis contra Paraguai (em casa) e Argentina (em Buenos Aires), o Brasil pode garantir a vaga após essas duas rodadas. Para isso, precisa abrir nove pontos de vantagem para o quinto colocado, que atualmente é o Uruguai, com 16 pontos – o time de Parreira já tem 24. Quem pode se garantir também são os argentinos, líderes com 28 pontos, que viajam ao Equador (20) antes de disputar o maior confronto regional. São partidas duras mas uma vitória deve bastar para carimbar o passaporte.


Em quarto, com 19 pontos, os paraguaios sonham com um empate em terras tupiniquins, e esperam uma vitória fácil ao receber a lanterna Bolívia (13). Os confrontos envolvendo os quatro primeiros podem beneficiar os uruguaios, que vão à Venezuela e recebem o Peru. A rodada pode servir também para desembolar a parte de baixo da tabela, que tem venezuelanos, colombianos, peruanos e chilenos empatados com 14 pontos.


Ásia


Jogos decisivos nas rodadas dos dias 4 e 8. No primeiro grupo, a líder Coréia do Sul (6 pontos) viaja duas vezes para enfrentar o quase eliminado Uzbequistão (1) e o ainda vivo Kuwait (4). em ordem inversa, a vice-líder Arábia Saudita (5) recebe os mesmos adversários dos coreanos, com chances de assumir a ponta. A definição deve ficar para a última rodada, quando os árabes visitam a sede da última Copa.


No outro grupo, o Japão (6 pontos), tenta recuperar a liderança perdida para o Irã (7), em viagem ao Bahrein (4) e Coréia do Norte (nenhum ponto). Os iranianos tentam manter o fôlego recebendo os mesmos adversários. A exemplo da outra chave, a decisão fica para a última rodada, quando os japoneses jogam em casa a cartada final.


Europa


Com 51 times na disputa, o Velho Continente recebe uma enxurrada de jogos – 34 ao todo - nos dias 4 e 8.


O Grupo 1 é um dos mais equilibrados, com liderança da Holanda (16 pontos), seguida de República Checa (15) e Romênia (13 e uma partida a mais). Os holandeses, porém, têm dois jogos difíceis: em casa contra os romenos; e fora contra a ascendente Finlândia (9). Enquanto isso, os checos recebem a fraca Andorra (4) e a média Macedônia (5), que ainda está muito aquém dos outros países dos Balcãs. Além da batalha com os holandeses, a Romênia deve marcar três pontos contra a Armênia (4).


Na segunda chave a surpreendente Ucrânia (17 pontos) pode dar dois largos passos para o mundial. Invictos na competição, os ucranianos recebem o pobre Cazaquistão (que perdeu suas cinco partidas) como preparação para o confronto, fora de casa, contra a vice-líder Grécia (14). Se vencer esta partida põe um pé na Alemanha.


Os gregos protagonizam também outra partida importante, fora de casa contra os vizinhos – e rivais – turcos (12). A Turquia, que ficou em terceiro lugar na última Copa, tenta contra os campeões europeus chegar ao segundo lugar, para garantir ao menos uma vaga na repescagem, e depois deve garantir mais três pontos em viagem ao Cazaquistão. Cercada de incertezas, a decepcionante Dinamarca (9) joga apenas na segunda rodada, contra a Albânia (6), tentando manter alguma chance.


No Grupo 3 o destaque é o confronto entre os líderes Portugal e Eslováquia (ambos com 14 pontos). Disputa direta que se repete pela terceira posição entre Rússia (11) e Letônia (10), que podem reduzir a distância para os primeiros. Depois, portugueses e eslovacos viajam para enfrentar, respectivamente, Estônia (8), e Luxemburgo (sem ponto algum) enquanto russos folgam.


Na quarta chave, a mais indefinida de todas – França e Israel têm 10 pontos; Suíça e Irlanda têm 9 e uma partida a menos – só terá três partidas. A mais importante será o confronto entre irlandeses e israelenses. Nas outras duas, a amadora equipe das Ilhas Faroe (1) recebe suíços e irlandeses.


No Grupo 5, a líder Itália (12 pontos) visita a vice Noruega (8) para ficar em posição confortável na luta pela vaga. Os noruegueses precisam ganhar para manter as chances e se afastar de Bielo-Rússia (5) e Eslovênia (8), que se enfrentam na rodada.


No grupo 6, liderado pela Inglaterra (16 pontos) apenas uma partida programada. Os poloneses, vice-líderes com 15 pontos visitam o eliminado Azerbaijão (2), saco de pancadas da chave e devem assumir a ponta com um jogo a mais.


No penúltimo grupo a briga segue quente com partidas entre os quatro primeiros colocados, todos candidatos à vaga. Sérvia e Montenegro (11 pontos) defende a liderança, em casa, contra os belgas (7). Já a Fúria espanhola (9) recebe a Lituânia (9), em busca do primeiro lugar perdido há duas rodadas. E na próxima semana a Espanha faz partida isolada contra a Bósnia-Herzegovina (3), que antes enfrenta San Marino (0).


Finalmente, no Grupo 8, a vice-líder Suécia (12 pontos) tem a chance de tomar a liderança da Croácia (13) por receber a fraquíssima Malta (1), enquanto os principais adversários viajam à Bulgária (8), que precisa vencer para continuar com chances.


Nota 10


Para Vítor Meira, pelo segundo lugar nas 500 Milhas de Indianápolis, apesar da corrida ser uma chatice só.


Nota 0

Para o estilo ditador de Parreira e para a CBF e sua inesgotável capacidade de bagunçar o futebol.


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