O fim de semana não foi nada animador para os times do Paraná no Campeonato Brasileiro. O trio de ferro da capital e o Londrina, único representante ainda presente na Série C perderam seus jogos e acenderam um sinal de alerta.
Na primeira divisão, quem vive o pior momento, curiosamente, é o paranaense melhor classificado, o Paraná, que conquistou apenas um mísero pontinho em quatro jogos no segundo turno – pior que ele apenas o São Caetano, que perdeu todas do returno. Após surpreender e galgar as primeiras posições até o terceiro lugar, o Tricolor parece que perdeu o rumo e passou a acumular uma série de insucessos. Hora da equipe parar de achar que é uma das melhores e voltar ao empenho e disposição do primeiro turno. Ao menos o time tem a chamada "gordura para queimar" e está em situação muito mais confortável do que nas temporadas anteriores, sempre acossado pelo rebaixamento.
Salve-se quem puder
Coritiba e Atlético vivem momento mais complicado, vendo a diferença para as equipes que estão na zona do desespero diminuindo a cada rodada. Para o Coxa a ameaça ainda é um pouco distante mas a irregularidade do time assusta a torcida. E Renaldo, que veio resolver o crônico problema do ataque, por enquanto se revela uma decepção. Mas o atacante e o time ainda têm tempo para se redimir, quanto antes melhor.
Já o Furacão corre riscos iminentes de voltar à luta contra o rebaixamento se não se recuperar já na próxima rodada. E o longo período na rabeira do campeonato em seu início foi mais do que suficiente amostra de como é difícil sair de uma situação complicada. Basta ver o Flamengo, que mesmo jogando bem melhor nos últimos jogos não consegue sair do grupo dos quatro que cairiam hoje para a Segundona.
Más notícias do Planalto
Brasília trouxe mais uma notícia desagradável, desta vez não relacionada com a crise política. Num estádio digno de campeonatos de várzea, o Londrina perdeu a primeira partida da fase eliminatória da Série C para o desconhecido Paranoá e agora precisa vencer por dois gols no jogo de volta para continuar na luta por uma vaga na Segunda Divisão no ano que vem. Para isso, o Tubarão terá que contar com o apoio da torcida, e quem sabe embalar no campeonato.
Inferno
Bahia e Vitória, que já foram, respectivamente, campeão e vice brasileiros, podem servir como exemplos para os paranaenses que andam tropeçando. Rebaixados para a Série C, vivem juntos o pior momento de suas histórias e deixaram Salvador mais triste esta semana. Agora, passarão pelas agruras de um campeonato quase mambembe, e de lá só saírão se fizerem um bom trabalho como outro ex-campeão nacional que andou por lá, o Fluminense, que ganhou em campo a vaga para a Segundona – e foi alçado para a Série A por mais uma manobra da CBF.
Recordista a caminho
Por uma dessa coincidências que o esporte é capaz de proporcionar, Fernando Alonso deve tornar-se em Interlagos o mais jovem campeão da Fórmula Um, honraria mantida por Emerson Fittipaldi desde 1972. Merecido por seu arrasador começo de temporada e pela competência em administrar a vantagem conquistada quando a McLaren passou a dominar com folgas a categoria. Para Raikkonen, fica a decepção com uma série de azares que sempre fizeram parte do esporte, ainda mais do motorizado.
Nota 10
Para os três golaços de Petkovic nos dois últimos jogos do Fluminense. A liderança veio pelos precisos pés do sérvio.
Nota 0
Para a selvageria do ato do policial argentino que atirou a queima-roupa, com bala de de borracha, e quase matou o jogador Carlos Azcurra, do San Martín de Mendoza.