Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade

Exterminadores de zebras

19 abr 2005 às 11:00

Compartilhar notícia

siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

15 de Novembro de Campo Bom, Atlético Hermann Aichinger de Ibirama, Icasa de Juazeiro do Norte, Volta Redonda. Apesar de colocar suas cidades no mapa do futebol brasileiro, estas equipes sucumbiram à tradição de times mais famosos nas finais dos estaduais. O único representante desta turma que conseguiu surpreender foi o talvez menos cotado de todos, o Ipatinga, que derrotou o favoritíssimo Cruzeiro. A raposa acabou bancando o escorpião, pois provou de seu próprio veneno, ao ver um time formado por jogadores de seu elenco – emprestados por um acordo entre os dirigentes – vencerem a equipe principal. Dessa vez a filial venceu a matriz.

Coincidentemente a decisão mineira foi uma das poucas a correr sem erro de arbitragem a favor dos grandes. No Rio, o primeiro gol do Fluminense só surgiu após falta escandalosa de Tuta sobre o goleiro Lugão. Ao empatar o jogo aos 45 minutos do primeiro tempo, o tricolor conseguiu o ânimo necessário para virar o jogo na segunda etapa, mais uma vez com a ajuda do juiz, que expulsou injustamente um jogador do Volta Redonda apenas para compensar a correta expulsão de Tuta. Uma vergonha que mancha o trigésimo título estadual do Flu.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Mudando de Rio, na final gaúcha Carlos Eugênio Simon – que já foi até para a Copa – encerrou o segundo tempo da prorrogação aos 13 minutos, beneficiando o Internacional que nesta altura já fazia cera para garantir a vitória. Pior para o 15 de Novembro, que assim perdeu qualquer chance de empatar e ficar com o título. Não seria fácil, mas nada impossível para um time que reverteu no tempo normal a desvantagem de dois gols da primeira partida.

Leia mais:

Imagem de destaque

Uma lição difícil de aprender

Imagem de destaque

Decepção em massa

Imagem de destaque

Doce regresso

Imagem de destaque

Festa armada na pátria amada


No Ceará, o folclórico Clodoaldo ressurgiu ao entrar no segundo tempo e marcar os dois gols das vitórias no tempo normal e na prorrogação. O suficiente para a torcida voltar a cantar o até então esquecido refrão: "Uh, terror, Clodoaldo é matador". A festa foi toda para o novo Jacozinho.

Publicidade


Atletiba sem graça.


Na Arena, em jogo pouco animado, o Atlético fez sua parte e venceu no tempo normal. A prorrogação serviu apenas para cansar o torcedor e a decisão por pênaltis logo mostrou que não era dia do Coxa. Com campanhas praticamente idênticas, venceu a equipe que mais soube balançar as redes durante o campeonato, inclusive nas cobranças de pênalti.

Publicidade


Mas ficaram marcadas mesmo as lastimáveis cenas de desrespeito à ética e ao profissionalismo. Tanto por parte dos atleticanos que trancaram o acesso do Coritiba ao vestiário e cortaram a luz do adversário (mesmo que tenha sido em vingança pelo que ocorreu no primeiro jogo), quanto aos Coxa-Brancas que depredaram as instalações da Baixada. O patrocinador que dá nome ao estádio deve ter adorado ver sua marca envolvida com tais comportamentos sórdidos.


O clima extrapolou para dentro de campo, com expulsões de lado a lado, e para as ruas da cidade, com cenas de vandalismo e até uma morte em conflito de torcidas. Por essas e outras a comemoração do Atlético tem que ser bem chocha.

Publicidade


Brasileirão


Com os times ainda meio capengas e com muitas contratações ainda por vir nos próximos meses, começa no próximo fim de semana aquele que pretende ser um dos principais campeonatos nacionais do mundo: o Brasileirão 2005.

Publicidade


Com a agora já consagrada fórmula de turno e returno, pontos corridos, a competição começa de forma atabalhoada, grudada aos decadentes estaduais. Pela dimensão do torneio, ele merecia sorte melhor, uma pré-temporada e a expectativa e algumas semanas de folga para o torcedor antes de seu início. Do jeito que está ainda vai demorar algumas rodadas para engrenar.


Algumas equipes estão em cacarecos, e só devem ser formadas durante a competição, o que promete algumas surpresas no começo – a exemplo do ano passado com as lideranças de Criciúma, depois rebaixado e Figueirense. Mas logo as equipes mais organizadas assumirão a ponta para não largar mais.

Publicidade


São Paulo, Corinthians, Santos e Cruzeiro parecem estar um pouco acima dos rivais, apesar de uma certa queda do rendimento dos santistas e da derrota surpreendente da Raposa no Campeonato Mineiro. O Furacão, agora livre de Casemiro Mior, pode repetir a boa campanha do ano passado. Surpresas podem vir também de São Caetano – mais fraco que nos últimos anos – e talvez do Brasiliense, que já tem um time pronto e bem montado.


O Coritiba também pode fazer um bom papel, principalmente se conseguir uma boa arrancada inicial, e o Paraná deve seguir a sina de apenas lutar contra o rebaixamento, com a ilustre concorrência dos times cariocas, e também de Paysandu, Ponte Preta, Juventude, Fortaleza...

Publicidade


Brasileira


Depois de muito tempo teremos uma Seleção realmente brasileira, formada apenas por jogadores que atuam aqui, para a partida do dia 27 contra a Guatemala. O jogo festivo homenageia Romário pelos serviços prestados ao futebol nacional e a TV Globo – esta pelos serviços e também pelos prejuízos.


A convocação faz justiça a alguns jogadores que se destacaram nos estaduais e no Brasileirão do ano passado. Para o gol, Marcos e Rogério Ceni são, sem dúvida, os melhores jogando no Brasil. Para a zaga, provando a escassez de bons jogadores, Fabiano Eller e Anderson devem ser os titulares (o tricolor é limitado e o corintiano é bom jogador, mas é estabanado como seu colega de posição Lúcio). Os jovens Glauber e Leonardo completam a lista e tem potencial para crescer no futebol.


Nas laterais, Cicinho já há muito tempo deveria fazer parte da equipe principal no mínimo como reserva imediato de Cafu, e Gabriel fez boas partidas pelo Flu. Na esquerda, Léo merece mais por sua atuação em anos passados do que pelo momento atual, e Gustavo Nery também ainda está longe de seus melhores dias. Entre os volantes, só acertos, com Mineiro e Josué, que formam a base do vitorioso time do São Paulo, e o valente Magrão, que se transformou em uma das armas ofensivas do fraco time do Palmeiras.


Para armar as jogadas pelo meio, os ótimos Ricardinho, Roger (voltando a grande fase), Marcinho e Fernandinho (grande revelação do último Brasileirão). Destoando só o destemperado e pouco eficiente Carlos Alberto. Completando a equipe, o ataque conta com o festejado Robinho, os finalizadores Grafite e Fernandão, e o completo Fred, além de um certo baixinho que vai jogar só parte do primeiro tempo. Até que dessa vez o Parreira acertou.


Caso de polícia


Obviamente houve um certo excesso de rigor e de espetáculo na prisão de Desábato em pleno gramado do Morumbi. Mas punir exemplarmente qualquer atitude racista ou preconceituosa é a única forma de evitar que se alastre por aqui a intolerância que já tomou conta dos estádios europeus. Apesar de um certo cinismo de prender um argentino por preconceito quando a arquibancada inteira do estádio xingava com energia total os nossos vizinhos. Razão é o que falta para todos.


Nota 10


Para Alexandre Barros, que fez as pazes com a vitória debaixo da garoa portuguesa. Na mesma pista, e em condições parecidas, um certo Ayrton senna venceu sua primeira prova na F-1.


Nota 0

Para as diretorias de Coritiba e Atlético pela falta de profissionalismo.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo