Tudo bem que o Corinthians anda numa crise danada. Tá certo que o Timão este ano está muito mais para timinho do que qualquer outra coisa. Mas a goleada do Furacão em pleno Pacaembu é daquelas para ficar gravada na história e na lembrança de qualquer torcedor. E na de Oswaldo de Oliveira, demitido após o vexame
Com Jadson em tarde inspirada, o rubro-negro não tomou conhecimento do Corinthians e decidiu o jogo com dois terços do primeiro tempo, quando fez 3 x 0. Depois foi só deixar o tempo passar e, já que o jogo estava fácil, fazer mais dois gols para desespero da fiel torcida paulistana.
Bons anfitriões
Se os atleticanos têm motivos para comemorar, paranistas e coxas-brancas começam a semana com a cabeça inchada. Mesmo jogando em casa, as duas equipes perderam seus jogos. O Coritiba para o Galo Mineiro, que ainda não sabia o que era vencer no Brasileirão. Já o Paraná não conseguiu manter os 100% de aproveitamento em casa e perdeu para a Ponte Preta, uma das líderes do campeonato.
Os nobres barbeiros
Desfilando suas velozes máquinas para a nobreza monegasca, os pilotos da Fórmula Um mostraram que barbeiragens não são exclusividade dos motoristas comuns.
Começou com o kamikaze Sato – impressionante na largada ao pular da sétima para a terceira posição – que mesmo sabendo que o seu motor iria explodir, ficou na pista até quebrar e encher a pista de fumaça, impedindo a visão de todo mundo que vinha atrás. Na confusão, Fisichella não conseguiu desviar de Coulthard – que reduziu demais – e capotou sobre o guard-rail. Teve muita sorte de escapar ileso.
Passado o susto a corrida seguiu com o domínio das Renault de Trulli e Alonso, seguidos de perto pelo combativo Buton e sua cada vez mais consistente BAR. Schumacher, penando com os pneus da Bridgestone, apenas acompanhava a turma tentando garantir a melhor posição possível e só passou o inglesinho na primeira troca de pneus.
Foi quando as barbeiragens ressurgiram. Enlouquecido com a falta de elegância do retardatário Ralf Schumacher – não chega nem na unha do dedinho de seu irmão –, que não deu passagem, Alonso arriscou tudo o que podia e tentou ultrapassar por fora dentro do túnel. Perdeu o controle em meio a sujeira e foi direto para o muro. O curioso foi vê-lo fazendo gestos obscenos para Ralf ainda durante o acidente. Hilário.
A seguir, os desafetos Schumacher e Montoya protagonizaram cena digna das comédias pastelão. O alemão, na ânsia de aquecer freios e pneus, travou uma das rodas, reduzindo mais do que devia a velocidade. Tocado pelo colombiano – que não conseguiu, ou não quis, frear a tempo – foi testar a solidez do muro do túnel. O resultado foi a perda da possibilidade de bater o recorde de vitórias seguidas no começo da temporada e atingir a marca de seis conquistas em Monte Carlo, recorde ainda nas mãos de um certo Ayrton Senna.
Se bem que Schumacher teria ainda que fazer uma parada e não teria como tirar a diferença para Trulli e Buton, responsáveis pelo belo final de prova, com o inglês reduzindo a vantagem para o líder até cruzar a linha de chegada praticamente junto da Renault. Da mesma forma, Felipe Massa superou o compatriota Cristiano da Matta por apenas meio carro, na melhor corrida dos dois brasileiros no ano. Já Barrichello, comemorou os 32 anos com um pódio ganho de presente pela série de acidentes, já que na pista, mais uma vez, ficou devendo.
Nota 10
Para o GP de Mônaco, única corrida que traz alguma graça à Formula 1.
Nota 0
Para os torcedores do Corinthians que entraram em campo para agredir jogadores. Para a imprensa esportiva que deu espaço para as opiniões desses imbecis.