Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade

Hora de comemorar

20 abr 2004 às 11:00

Compartilhar notícia

siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Os maiores centros do futebol nacional, com exceção do Rio Grande do Sul – graças a um regulamento esdrúxulo – já conhecem os seus campeões regionais. Algumas torcidas estão em festa no Paraná, em São Paulo, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, em Santa Catarina, na Bahia, e em alguns outros estados brasileiros.

Em alguns deles a festa foi bonita e teve o merecido desfecho, como por aqui, onde o Coxa conseguiu o empate que precisava na Arena, para ira dos torcedores atleticanos que descontaram a raiva destruindo cadeiras do estádio. Merecido porque o Coxa foi o time mais regular da competição – mesmo sem apresentar um futebol de encher os olhos – e da mesma forma que o grande rival, perdeu apenas uma partida no campeonato. A diferença foi que perdeu quando podia, na primeira rodada da primeira fase e não na final.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Merecida também para calar a arrogância dos dirigentes atleticanos e suas idéias elitistas, como o absurdo de cobrar R$ 30,00 pelo ingresso no Brasileirão. E dos exageros de alguns que classificaram o Furacão como um novo Carrossel Holandês. E o que dizer das invenções de Mário Sérgio, que passou o campeonato inteiro tentando queimar o principal jogador de sua equipe: Jádson, que iniciou as jogadas dos três gols atleticanos na final.

Leia mais:

Imagem de destaque

Uma lição difícil de aprender

Imagem de destaque

Decepção em massa

Imagem de destaque

Doce regresso

Imagem de destaque

Festa armada na pátria amada


Méritos para o Coxa que soube montar um time equilibrado, resgatou o eficiente Tuta, e contou com boas apresentações – apesar da irregularidade – de Aristizábal, Luís Mário e Adriano, sem falar no goleiro Fernando. O time soube jogar com o regulamento até mesmo na hora do cai-cai no final do jogo, com direito até a uma certa fanfarronice de Antônio Lopes, impedindo qualquer chance de reação rubro-negra.

Publicidade


O melhor dos estaduais


Mas o melhor estadual de 2004 foi o carioca. Com boas surpresas entre os times menores, estádios cheios nos clássicos como há muito não se via e um duelo entre os arqui-rivais Flamengo e Vasco na final. E para alegria da maior torcida do país, deu Mengo na cabeça, até com certa facilidade.

Publicidade


O velho e bom Valdir ainda tentou estragar a festa rubro-negra antes dos cinco minutos de jogo, fazendo o seu 14o gol no campeonato. Mas com maior volume de jogo, principalmente após a expulsão de Coutinho – que levou ao pé-da-letra as instruções de Geninho e acertou um chute sem bola no tornozelo de um não tão inspirado Felipe – o Flamengo dominou a partida e chegou ao placar de 3 x 1, confimando a vitória da primeira partida.


Destaques para o incansável e iluminado Zinho e para o xodó da torcida Jean, que fez os três gols do time e entrou para a história. Tomara que não se torne um novo Bujica ou Cocada, jogadores que brilharam em um jogo só entre as duas equipes e depois caíram em completo ostracismo.

Publicidade


Sem sal


O São Caetano finalmente conquistou um título de primeira divisão com mais uma vitória sobre o Paulista. Confirmou assim o seu favoritismo e mostrou que uma equipe sem craques, mas com um elenco suficientemente numeroso e qualificado, pode ir muito além do que aquelas que mesclam dois ou três astros com um bando de cabeças de bagre, como um certo Real Madrid.

Publicidade


Pena que a final foi disputada no Pacaembu, espantando a torcida e tornando os dois jogos, que foram bem disputados, em partidas sem muita graça.


Lógica final

Publicidade


Em Minas, após um começo titubeante, o Cruzeiro superou o Atlético ao estabelecer dois gols de vantagem na primeira partida e impedir a reação do adversário no segundo jogo. Mesmo longe do futebol que apresentou no ano passado, a Raposa não fez mais do que a obrigação e confirmou seu destacado favoritismo. Pena que o jogo descambou para a violência.


Tapetão

Publicidade


E como não poderia deixar de acontecer, o tapetão entrou em cena em alguns estados. Na Bahia, que no campo teve o Vitória como campeão, o título está sub-judice até que seja julgado a suposta escalação irregular do goleiro reserva do rubro-negro na primeira partida da final. Por isso o campeonato não tem ainda um vencedor oficial, a exemplo do que acontece com o de 1999, ainda disputado fora dos campos pelos mesmos Bahia e Vitória.


No Ceará, o regulamento previa que o fim do campeonato seria no dia 18 de abril mas na hora de elaborar a tabela – mais uma lição de incompetência dos cartolas – para esta data ficou marcada a segunda partida da final do segundo turno, que acabou nas mãos do Ceará. E como o primeiro turno foi vencido pelo Fortaleza, uma eventual final entre os dois pode ser considerada fora do regulamento e talvez nem seja realizada. Depois ainda querem falar dos portugueses.


Cedo demais


Como ainda está muito inchado, o Brasileirão começa muito cedo, três dias após o fim dos estaduais, sem dar aos times um período de preparação adequado. Isso deve causar um show de resultados atípicos no início. A exemplo do ano passado, as dez primeiras rodadas servirão para experiências e ajustes em várias equipes. Até mesmo por isso despontam como favoritos os clubes que contam com elencos já entrosados como Santos, São Caetano, São Paulo e Cruzeiro. Outros, como Coritiba e Flamengo, podem aproveitar a empolgação dos campeonatos conquistados.


Simplesmente o melhor


Valentino Rossi mudou para uma equipe menos competitiva, correndo com a moto Yamaha que decepcionou no ano passado. Com isso, seus agora adversários da Honda acharam que o campeonato desse ano iria ficar com algum deles. Mas bastou a primeira corrida da tempoarada para o italiano provar que pode fazer a diferença, conquistando a pole e a prova. Rossi é de longe o melhor piloto da atualidade, o Schumacher das motos.


Nota 10


Para os campeões ao redor do Brasil, com destaque para Zinho e sua interminável coleção de títulos.


Nota 0

Para os brigões do fim de semana: Cris, do Cruzeiro e Eduardo, do Atlético Mineiro pelas cenas de pugilato; e os vascaínos Eurico Miranda, que mandou seguranças baterem em jornalistas, Coutinho, que não sabe diferenciar palavras de motivação de pedidos de agressão, e Geninho, que tenta estimular o time mas só consegue enervar jogadores.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo