Concluída a segunda rodada, a situação de alguns grupos da Copa do Mundo já se apresenta bem definida, enquanto em outros é grande a luta pelas vagas para as oitavas de final. Até o momento, apenas Brasil e Espanha garantiram matematicamente a classificação. Por outro lado, Arábia Saudita, China, Eslovênia, Nigéria e Polônia já não têm chance e jogam só para cumprir tabela. A partir de amanhã, acontece a rodada decisiva que irá apontar as 16 melhores, ou talvez menos piores, deste mundial.
Grupo A
Um dos mais emocionantes. A toda poderosa França precisa vencer a sólida Dinamarca por dois gols de diferença, tarefa muito difícil, apesar da volta de Zidane. Já o Uruguai, do fominha Recoba, joga por uma vitória contra os senegaleses, a grande surpresa da Copa até o momento. A França pode até conseguir, mas os prováveis classificados são Dinamarca e Senegal.
Grupo B
Com a Espanha já classificada, a outra vaga fica entre a África do Sul, que joga por um empate contra a “Fúria”, e o Paraguai, que além de vencer a desmotivada Eslovênia, torce por uma boa vitória dos ibéricos para reverter a desvantagem no saldo de gols. Apesar das dificuldades, dá Paraguai.
Grupo C
O Brasil já está dentro e a outra vaga vai ser disputada por Costa Rica e Turquia. Os centro-americanos precisam de um empate contra o Brasil, e os turcos, dependem de uma vitória por pelo menos dois gols contra a fraquíssima China e de uma derrota dos rivais. Cravo o palpite na Turquia.
Grupo D
Como a zebra andou passeando por aqui, é difícil qualquer previsão. Coréia do Sul e Estados Unidos lideram e jogam por empates contra, respectivamente, Portugal e Polônia (já eliminada). Os portugueses, que se recuperaram da derrota para os americanos, enfrentam os donos da casa precisando de mais uma vitória. Não arrisco nenhum palpite.
Grupo E
Alemanha e Camarões se enfrentam na disputa direta por uma vaga, com vantagem dos alemães, que jogam pelo empate. A Irlanda, dois pontos atrás, tem que ganhar da figurante Arábia Saudita para garantir a outra. Aqui as vagas são dos europeus.
Grupo F
O famigerado “Grupo da Morte”, que teve na Nigéria a sua primeira vítima. Uma das vagas deve ser da Inglaterra, que precisa de um simples empate contra os desanimados africanos, enquanto suecos e argentinos lutam pela outra, com os europeus jogando pelo empate. Apesar disso, acredito nos “hermanos”.
Grupo G
Outro em que a disputa vai ser emocionante. O México joga por um empate contra os italianos que precisam da vitória. A Croácia tem boas chances pois joga por uma vitória contra os equatorianos, com chances apenas matemáticas. O mais provável é a classificação dos europeus porque o México costuma ser fogo de palha.
Grupo H
Daqui sai o adversário do Brasil nas oitavas. O surpreendente Japão é lider e joga por um empate contra a Tunísia. Classificação quase certa apesar dos africanos ainda alimentarem alguma esperança de ganhar por dois gols e seguir adiante. A outra vaga será definida na disputa entre Rússia e Bélgica, com os russos precisando apenas do empate. Imprevísivel.
Para a história
Dois jogos memoráveis movimentaram a segunda rodada. Argentina x Inglaterra e Itália x Croácia foram partidas emocionantes, em que qualquer um dos times poderia sair com a vitória. O primeiro foi mais um belo capítulo em uma das maiores rivalidades dos mundiais e teve uma apresentação magistral de Owen. O segundo, apesar dos erros da arbitragem, foi uma batalha de força em que venceu a determinação dos croatas, apesar da luta dos italianos até o fim. Seria bom para o mundial que as quatro seleções se classificassem para a próxima fase.
Obrigação cumprida
A goleada do Brasil sobre a fraca China, mostrou que, apesar das boas jogadas entre os três Rs do ataque e do bom rendimento de Cafu, Roberto Carlos e Ricardinho, a defesa brasileira é uma peneira. Quando pegar uma seleção com um ataque de mais qualidade, o Seleção de Felipão vai sofrer um bocado. Imaginem os torcedores...
Nota 10
Para o golaço de Rapaic, talvez meio sem querer, na virada da Croácia contra a Itália.
Nota 0
Para o árbitro inglês Graham Poll, que, na mesma partida, anulou dois gols da Itália, um deles num erro clamoroso. Os árbitros ruins não são exclusividade dos países sem tradição no esporte.