Falar o que do morno Atletiba quando o grande jogo do fim de semana aconteceu no Maracanã. Relembrando os velhos tempos, Flamengo e Fluminense fizeram o melhor jogo deste ano, um pequeno respiro para os falidos estaduais. Santos e Palmeiras também não ficaram muito atrás e protagonizaram outra partida muito interessante.
Antes do nada
Nelson Rodrigues tinha razão quando dizia que o Fla-Flu nasceu 40 minutos antes do nada. Depois de sucessivas crises, este que já foi o maior clássico brasileiros voltou a despertar a atenção de todo o país. Desde a final do Campeonato Carioca de 97 – partida decidida com o gol de barriga de Renato Gaúcho – o torneio do Caixa D’Água não apresentava um jogo tão interessante.
Se o Mengo saiu dominando e abriu o placar, Romário fez das suas – um golaço no velho estilo, um pênalti cobrado com maestria e um passe perfeito para o bom zagueiro Rodolfo – e comandou a virada Pó-de-Arroz. Então foi a hora dos rubro-negros acordarem e partirem com tudo para o ataque. Em apenas seis minutos Felipe e Roger (duas vezes) mudaram novamente a história do jogo. Melhor, impossível.
Garoa
Se no Rio o clássico da rodada foi uma tempestade de emoções, em São Paulo, ao menos houve uma garoa. Palmeiras e Santos mostraram os motivos de terem duas torcidas em paz com seus times. Em um belo jogo, cheio de alternativas, com gols salvos em cima da linha, pênalti perdido e falhas infantis, o empate foi de ótimo tamanho. Uma festa digna dos 450 anos da cidade, comemorados uma semana antes.
O nada
Pena que o Atletiba não lembrou em nada estes jogos empolgantes. Em partida sem graça os atleticanos comemoraram um gol no fim do primeiro tempo e a torcida coxa-branca fez festa no finzinho do jogo. Mais emocionante foi a briga nos bastidores com a idéia de permitir a presença apenas da torcida do time mandante. A cartolagem se supera a cada dia.
Menos que o nada
Paraná e Londrina são as grandes decepções do campeoonato. O Tricolor, que não sabe o que é marcar gols há quatro partidas, ocupa o penúltimo lugar de seu grupo e já começa a se preparar para o torneio da morte. E nele deve encontrar o Tubarão, que após perder o Clássico do Café caiu para a lanterna da chave norte. Tristeza para as duas equipes que de 91 a 97 ousaram desbancar a dupla Atletiba.
Reflexo da eliminação
Depois do fracasso da Sub-23, Parreira convocou a Seleção deixando bem claro que por enquanto não irá apostar nos jovens valores derrotados no Chile. Isso significa que, pelo menos por enquanto, a torcida vai ter que se conformar com Edmílson, Lúcio e Émerson. As Eliminatórias da Copa prometem.
Nota 10
Para a festa no Maracanã, como há muito não se via.
Nota 0
Para a "brilhante" idéia de criar o clássico de uma torcida só.