O disputado clássico que terminou com festa alviverde deixou o Coritiba ainda mais perto de uma vaga na Libertadores 2004. A quarta posição na tabela, seis pontos à frente de Atlético-MG e Internacional já é suficiente para que o time alcance esse objetivo. E vôos mais altos podem ser sonhados já que o Coxa está apenas um ponto atrás do São Paulo – terceiro colocado – e tem cinco de desvantagem para os dois líderes, Cruzeiro e Santos, que se enfrentam no fim de semana.
Pior para o Paraná, que esteve duas vezes em vantagem mas cometeu muitos erros de marcação e permitiu a virada. Parece que o time perdeu o rumo e precisa de correções urgentes. A sorte é que o bom início de campeonato ainda proporciona alguma folga em relação aos últimos colocados. Mas é hora de reagir para não correr nenhum risco.
Situação parecida vive o Atlético Paranaense, goleado em casa pela Raposa, que nem jogou tão bem assim. O time até que teve um bom comportamento inicial, mas depois do primeiro gol apresentou uma série de erros e o desequilíbrio de sempre. E dessa vez foi realmente prejudicado pela arbitragem.
Mas as melhores partidas da rodada foram Santos 5 x 2 Criciúma e Figueirense 2 x 2 São Paulo. O primeiro pelos belos gols, principalmente o de Dejair, do time catarinense, que aproveitou a comemoração dos santistas depois do primeiro gol para marcar do meio da rua. Mas os três gols de William e os outros dois do cada vez melhor Renato foram mais do que suficientes para a festa da torcida na vila.
Em Florianópolis a tônica foi a vontade de vencer, que levou as duas equipes ao ataque. Adriano do São Paulo foi herói e vilão, fazendo um golaço mas entregando um gol para os catarinenses. Luís Fabiano voltou e fez o de sempre, um gol digno de artilheiro. Com um pouco mais de calma pode ir muito longe. Só que o tricolor esteve muito nervoso e realizou a façanha de receber nove cartões amarelos e um vermelho. O empate no fim foi o resultado mais justo, e colocou o São Paulo na alça de mira do Coxa.
Ainda respirando
O Londrina conseguiu uma boa vitória sobre a Avaí e manteve as remotas chances de se classificar para a próxima fase da segundona. Mas para isso tem que vencer as duas partidas restantes e torcer por uma série de resultados. Na rodada que passou a torcida deu certo e alguns dos concorrentes diretos perderam pontos importantes.
Fera ferida
Cutucaram Schumacher e ele deu o troco. Quem chegou a creditar que o alemão estava desanimado, desmotivado e sem chances de ganhar o título deste ano foi brindado com uma apresentação perfeita do piloto na casa da Ferrari. Paa alegria dos tifosi, o campeão deu um banho na concorrência, garantindo a pole e liderando praticamente de ponta a ponta.
A corrida começou muito bem com uma briga de foice entre Schumi e Montoya nas primeiras curvas e parecia prometer muitas outras emoções. O pulo de Trulli na largada, deixando Barrichello para trás também deu pintas de uma corrida emocionante. Pena que o carro tenha quebrado em seguida.
O que se seguiu foi uma variação constante dos tempos de volta dos principais pilotos, alternando bons jogos de pneus com outros nem tanto. Uma ora Schumacher abria de Montoya, outra o colombiano grudava na Ferrari. O mesmo acontecia na briga entre Barrichello e Haikkonen. No fim, a escuderia italiana fez as honras da casa e venceu as duas brigas, garantindo ao queixudo uma vantagem de três pontos na liderança e uma alegria há muito tempo não vista.
Outro que fez uma boa corrida foi Alonso, que apesar da lambança do sábado e da estúpida batida na largada – o carro da Renault larga tão bem que ele literalmente tentou passar por cima dos adversários –conseguiu ainda um pontinho. O espanhol tem futuro na F-1.
As duas corridas finais serão emocionantes. Em Indianápolis o domínio deve ser da Williams, que para ajudar Montoya já cogita prolongar as férias forçadas de Ralph Schumacher – logicamente mais disposto a colaborar com o irmão do que com o companheiro de equipe, com qual mantém relação longe de amistosa. Mas a Ferrari e a Bridgestone se animaram e prometem briga.
Raikkonen corre por fora e precisa de alguns milagres para ser campeão. O primeiro é que o seu carro melhore de uma hora para outra e consiga acompanhar os adversários em uma pista que exige um bom desempenho aerodinâmico (coisa que a McLaren não tem). O segundo é que Montoya e Schumacher não pontuem em pelo menos uma das provas. Sem esses dois fatores, título só no ano que vem.
Nota 10
Para a Seleção Feminina Juvenil de Vôlei, campeão mundial pela quarta vez. Para os 100 anos de glória do Grêmio, símbolo de garra dentro de campo.
Nota 0
Para a diretoria e o elenco do Grêmio, que não andam honrando as tradições do tricolor gaúcho.