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O estranho mundo do futebol

05 mai 2005 às 11:00

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Ainda é muito cedo para fazer análises definitivas e muito provavelmente as grandes equipes vão melhorar ao longo do Brasileirão. Mas as duas primeiras rodadas apresentaram uma série de resultados surpreendentes. Alguns afoitos já trombetam a ressurreição do futebol carioca, com seus quatro times invictos no campeonato, com Fluminense e Botafogo ocupando a liderança ao lado do Santos. Mas esta posição é ilusória e logo a verdade deve se restabelecer.

Na Copa do Brasil, acontece fenômeno semelhante. A eliminação do Flamengo pelo Ceará até que não foi surpresa, mas a presença de Baraúnas, Treze e Figueirense entre os oito melhores times da competição mostra que um pouco de organização e vontade fazem a diferença em um momento em que muitos times ainda não definiram seus elencos e não têm ainda padrão de jogo.

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O exemplo mais claro é o MSI-Corinthians, que contratou aos montes, mas sem muito critério, e se transformou num balaio de gatos. Os jogadores "do clube" não se entendem com os do "fundo de investimento", o técnico quer mostrar ter o time na mão e escala mal, e dentro de campo as estrelas não correspondem às expectativas. O único que se salva na nau corintiana que afundou antes do que se esperava é Tévez. Ou será que existe algum corintiano satisfeito com o desempenho de Carlos Alberto, que não anda jogando nada e ainda perdeu pênalti na decisão contra o Figueirense.

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Doce regresso

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Festa armada na pátria amada


O clima vai ficar pesado também para outras duas estrelas que também erraram suas cobranças e desclassificaram o Timão. Roger, que talvez tenha batido o pênalti mais longe do gol deste milênio, e Sebá, que bateu como costumam fazer os zagueiros. Menos Cléber, do Figueira, que esbanjou categoria e classificou sua equipe. Ironia das ironias, um ex-palmeirense selou a desclassificação mosqueteira.

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Pior ainda para Kia, que logo, logo será o vilão número um da Fiel.


Esperteza punida

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A BAR inventou um tanque de combustível secreto para enganar a FIA e correr abaixo do peso. Após as corridas, enchia o tanque e o carro voltava a cumprir o regulamento, passando dos 600 kg. A esperteza foi descoberta após o bom desempenho em San Marino, com Buton e Sato perdendo, respectivamente, a terceira e quinta posições conquistadas.


E para servir de exemplo as outras equipes, a escuderia ficará fora das próximas duas etapas para aprender a obedecer regulamentos. Seria bom se a moda pegasse no esporte brasileiro.

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Esperteza premiada


Mas por aqui, os clubes que devem até as calças, são premiados com a criação da Timemania, loteria que serve apenas para que a cartolagem bote a mão na grana dos contribuintes para pagar suas próprias dívidas, e ainda ficar com alguns trocados no bolso. A MP enviada ontem ao Congresso define os lucros para os clubes mas não prevê nenhuma contrapartida, como publicar balanços, para garantir um mínimo de transparência na administração do dinheiro público recebido. Um belo presente do Governo Lula à cartolagem.

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Só falta agora ao Governo Federal assumir os inchados custos do Pan-Americano do Rio de Janeiro. Seria a desmoralização total.


Nota 10

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Para Cléber, do Figueirense, que com muita categoria colocou seu time nas quartas-de-final da Copa do Brasil.


Nota 0

Para Lula e o ministro Agnelo Queiroz pelas falhas grosseiras na criação da Timemania.


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