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O retorno do famigerado tapetão

04 mai 2004 às 11:00
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Esta coluna deveria começar falando sobre o Aletiba do último domingo mas, como já se tornou uma triste tradição, questões extra-campo ganham muito mais destaque e importância até mesmo na pontuação de cada time. O prejudicado da vez é o Coritiba, que perdeu seis pontos por escalar o jogador Ataliba, que não constava do infame BID – Boletim Informativo Diário, da CBF, na estréia do campeonato.

Para a entidade que "organiza" o futebol brasileiro – que na visão de seus dirigentes deve ser um verdadeiro exemplo de eficiência administrativa – o jogador não faz parte do quadro de atletas do Coxa e por isso o clube foi punido. Com isso, caiu para a última posição do campeonato, na curiosa situação de lanterna sem perder nenhuma partida.

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A mesma situação foi vivida no ano passado pelo Paysandu, que quase foi parar na Segundona graças às decisões no mínimo polêmicas do Superior Tribunal de Justiça Desportiva. E também pelo Oeste de Itápolis, que apesar de seu brioso papel dentro de campo no Paulistão foi rebaixado ao perder 15 pontos.

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O que deixa os torcedores dos clubes de menor tradição apreensivos é que tais decisões coincidentemente afetam apenas as equipes de menor porte, deixando livres os times de maior popularidade. O próximo ameaçado é o Goiás, que também pode perder seis pontos por supostamente ter escalado de forma irregular o jogador Jadílson, em partida que goleou o Grêmio por 4 x 0.

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Como o campeonato cada vez mais sofre influências do temido tapetão, quem sabe muito em breve, nas apresentações dos reforços para a temporada, os clubes incluam seus advogados, que podem ser muito mais eficientes do que um atacante consagrado.


Se pelos talentos que já revelou o futebol brasileiro merece os cinco títulos em Copas do Mundo, pela bagunça geral não merceia estar nem na terceira divisão do futebol mundial.

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Nota 10


Num país em que o esporte é organizado, o Milan de Kaká, Dida, Cafu e Serginho, venceu a Roma e levou o título da temporada, 17o da história.


Nota 0

Mas fora de campo o Milan também não causa orgulho. Já foi rebaixado por participar de um esquema de fraudes de resultados para a Loteria Esportiva (aqui no Brasil ocorreu o mesmo só que a impunidade prosperou) e hoje pertence ao primeiro-ministro Sílvio Berlusconi, o mesmo que enviou tropas italianas para o Iraque.


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