Tudo bem que foi em um torneio que não contou com as maiores estrelas do tênis. Está certo que ele ainda mostrou muita irregularidade. Mas Guga parece que finalmente voltou a ser o velho e bom tenista que tanto brilhou em Roland Garros. Com a esquerda afinada, confiante e, principalmente, alegre como há algum tempo não se via, Gustavo Kuerten venceu com todos os méritos o Aberto do Brasil. Tomara que seja apenas a primeira boa exibição de uma longa série. Guga merece, mas bem que podia deixar os cabelos crescerem de novo.
No fundo... e cavando
Se a torcida paranista já andava cabreira com o time, o começo do Torneio da Morte não poderia ser pior. Ao perder para o Nacional, de Rolândia, por 3 x 1, o Paraná deu mostras de que a Segundona anda cada vez mais perto. Não satisfeito em chegar ao fundo do poço, segue cavando para se afundar ainda mais. Triste destino para a maior força do futebol paranaense dos anos 90.
Filme repetido
Apesar de não apresentarem ainda exibições que encantem a torcida, Coxa e Atlético seguem firme rumo as finais. Pelo visto, dificilmente a decisão do Paranaense vai deixar de ser o tradicional Atletiba.
Panela de pressão
Juntar no mesmo clube os irmãos Perrela e Luxemburgo não podia resultar em outra coisa. Vaidade e arrogância de parte a parte que cedo ou tarde culminariam em brigas e demissões. Só não aconteceu antes porque o técnico conseguiu armar um time quase imbatível no ano passado. Mas quando os resultados minguaram, apesar da contratação de Rivaldo – que veio para ser a maior estrela da companhia, ofuscando os outros jogadores, sem justificar em campo a expectativa criada –, a velha história se repetiu. E depois dizem que o futebol é uma caixinha de surpresas.
Está chegando a hora
Depois do longo e tenebroso inverno europeu a Fórmula Um volta a ativa no próximo fim de semana. Na temporada que, aparentemente, promete ser a mais equilibrada dos últimos tempos, o favoritismo ainda é de um certo alemão queixudo. Mas o primeiro irmão e o colombiano com a faca entre os dentes prometem briga. E se os testes de pré-temporada – repleto de blefes e recordes fictícios para agradar patrocinadores – corresponderem minimamente à realidade, Ferrari e Williams terão algumas boas brigas também com McLaren e Renault, sem falar na ascenção da BAR. Kimi, Trulli e Buton prometem algum espetáculo.
Para os brasileiros as expectativas são bem distintas. Barrichello pretende provar que além de ser tão rápido quanto Schumacher (algo que já mostrou em algumas ocasiões) pode ser igualmente regular. Se começar na frente o campeonato pode até mesmo ver a escuderia trabalhar por ele, mas tem que mostrar que realmente amadureceu. Da Matta sofre com a tranqüilidade dos japoneses da Toyota, que vão a passos lentos consolidando-se na F-1. Com um pouco mais de ousadia a equipe, que tem grana de sobra para isso, poderia estar em condições de maior competitividade. Esse ano deve apenas beliscar alguns pontos e, com bastante sorte, quem sabe até um pódio. E Massa tem que mostrar que o ano sabático serviu para evoluir como piloto. Se for bem na Sauber tem boas chances de usar um macacão vermelho num futuro próximo.
Nota 10
Para Rivaldo, que mostrou caráter ao sair do Cruzeiro após a demissão de Luxemburgo. É muito raro no esporte que alguém tome uma atitude como essa, mesmo sabendo que pode prejudicar seu futuro (Zagallo já criticou abertamente o meia agora desempregado).
Nota 0
Para o Paraná, cada vez mais perto do rebaixamento.