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Os últimos serão os primeiros

08 abr 2003 às 19:26

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Se alguém falasse um mês atrás que o Paraná ocuparia a liderança do Brasileirão depois de duas rodadas seria tachado, no mínimo, de louco. Nem mesmo o mais fanático torcedor contava com tamanha virada que trouxe de volta a alegria aos tricolores. Os folgados 3 x 0 no Atlético marcam a redenção do time, que em duas partidas contra os dois últimos campeões brasileiros manteve sua invencibilidade.

A chave do bom desempenho está nas boas contratações – Flávio, Renaldo e Fernandinho foram os destaques do time, ao lado de Marquinhos – e no comando do técnico Cuca que mostra ter muita competência. Com ele, o Paraná começa a criar uma tradição de revelar bons treinadores, a exemplo do que ocorreu com o também gaúcho e ex-gremista Bonamigo. Tomara que continue assim.

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Se os paranistas fizeram festa, os atleticanos viram um time sem muita criatividade e facilmente dominado em campo. As poucas chances de gol foram defendidas pelo Pantera Negra ou perdidas pelos atacantes, especialmente Dagoberto. Muita coisa tem que melhorar nos lados da baixada. A única boa notícia é a ida de Cocito para o São Paulo.

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Outra decepção foi o Coxa que, mesmo com um jogador a mais, perdeu em casa para um Internacional sem a mesma força de outrora. O colorado teve praticamente apenas uma chance, que Flávio aproveitou e cobrou com maestria. Coincidência ou não, a dupla atletiba sofreu nas mãos de dois ex-rubro-negros com o mesmo nome: Flávio.

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Circo


Sempre se fala no tal circo da Fórmula 1, que percorre o mundo com o seu espetáculo mambembe. A definição nunca coube tão bem quanto neste começo de temporada. Três corridas malucas que colocaram o finlandês Raikkonen e seu nome artístico “Homem de Gelo” com alguma folga na liderança do campeonato.

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O GP do Brasil teve cenas dignas do picadeiro. O que falar das trapalhadas dos fiscais de pista chutando para fora da reta principal os pedaços da Jordan de Firman (talvez para vender a imagem de país do futebol) ou da equipe de resgate circulando pela área de escape com um enorme trator no papel de elefante amestrado. Ou então dos patinadores artísticos na Curva do Sol que mais parecia o Tietê. Tivemos também as mágicas ultrapassagens de Raikkonen, Webber, Alonso, Barrichello, Montoya, Schumacher; os malabarismos de toda a trupe para permanecer na pista; o globo da morte de Webber e Alonso; o show pirofágico de Fisichella.


A corrida esteve sucessivamente nas mãos de Raikkonen, Coulthard, Barrichello e Fisichella, até que caiu no colo do finlandês. A Mclaren mais uma vez mostrou muita competência e parece que roubou de Schumacher e da Ferrari o grande segredo do sucesso: a sorte. A mesma que andou mais uma vez longe de um cada vez mais maduro Rubens (pelo que anda correndo não merece mais ser chamado pelo diminutivo).

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Barrichello conquistou uma bela pole, teve problemas sérios de dirigibilidade na hora do dilúvio mas não se afobou. Foi ultrapassado por meio mundo mas se manteve concentrado e atento para não cair nas armadilhas de Interlagos e esperar o melhor momento de atacar. Quando chegou a hora manteve um belo duelo com Coulthard e não foi precipitado. Conseguiu a liderança e quando começava a livrar vantagem, acabou. A gasolina, a esperança da torcida, a euforia de Galvão Bueno.


E quando todos achavam que iriam assistir o velho Rubinho aos prantos, acusando a equipe pela falha, reclamando da má sorte, o que se viu foi o novo Rubens, consciente de que a pressão por uma vitória no Brasil é natural quando vem da torcida e da mídia, e nunca dele próprio. Sem perder o sonho e a vontade de vencer, Barrichello finalmente aprendeu que não é, e nem deve pretender ser, um novo Senna. Talvez esteja aí o segredo de um título que ainda pode chegar, embora seja difícil.

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Bela foi a alegria autêntica e efêmera de Fisichella e da Jordan, que cruzaram na frente mas não levaram. É duro mas é o regulamento, algo que não estamos ainda muito acostumados no Brasil.


Lambança

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O gol contra do goleiro Júlio César do Flamengo (não dá para considerar de outra forma) entra para história e para o folclore do futebol. Chutar a bola na nuca de um companheiro e vê-la entrar no próprio gol deve ser uma sensação terrível. Trágico se não fosse cômico.


Nota 10

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Cuca e todo o time do Paraná pelo baile no Atlético. Barrichello por um de seus mais brilhantes fins de semana da carreira.


Nota 0

Para o juiz Giuliano Bozzano, no jogo entre Cruzeiro e São Paulo, que aderiu à moda de marcar pênalti em falta fora da área. Para o ufanismo de Galvão Bueno que o impede de narrar de verdade as transmissões esportivas. Ele simplesmente se empolga e não vê o que acontece ao seu redor. Enquanto Barrichello vinha lentamente pela pista, o narrador enchia os pulmões e bradava que a distância do ferrarista para Coulthard não parava de aumentar. Sem falar que ele confundiu Buton com Villeneuve, demorou quase uma semana para perceber que Schumacher havia batido e por aí afora.


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