Quem apostava que a invencibilidade caseira de mais de um ano do Cruzeiro só seria derrubada por outros candidatos ao título como o Santos ou no clássico com o Atlético Mineiro já havia se frustado e achado que o campeonato já era. Quando tudo indicava que a Raposa caminharia cada vez mais tranqüila rumo ao título acontece a surpreendente vitória do Juventude, forte candidato ao rebaixamento, marcando a maior zebra do campeonato. E como o Santos ganhou, a vantagem cruzeirense caiu para, ainda confortáveis, nove pontos. Mas pelo menos agora os torcedores dos outros times ganharam um incentivo a mais para secar o time mineiro.
Se o título já parece fadado a ser comemorado em Minas, a luta pelas vagas nas Copas Libertadores e Sul-Americana e a briga para escapar da segundona estão cada vez mais animadas. Nas primeiras posições, Santos e Coritiba abriram uma pequena folga sobre os demais competidores pelas quatro vagas na Libertadores. O curioso é que há algumas partidas os dois times não jogam bem mas conseguem assim mesmo os resultados que precisam.
O Coxa fez a torcida sofrer muito na vitória de virada sobre o Bahia, após muita luta – em alguns lances no sentido literal do termo. A equipe sentiu muito a saída de Tcheco, até então um dos destaques do Brasileirão, e já não apresenta o mesmo futebol bonito e eficiente. Em compensação mostra muita garra e um ótimo aproveitamento nas jogadas de bola parada.
Ataque inspirado
O Paraná sapecou um 4 x 0 no Internacional e voltou a sonhar com uma vaga na Copa Sul-Americana. Com o segundo melhor ataque da competição, atrás apenas do Cruzeiro e na frente do badalado Santos, o tricolor aposta todas as suas fichas em Marquinhos, Caio, Renaldo, Fernandinho e Maurílio para manter a boa posição na tabela. Se não levasse tantos gols poderia estar tão bem quanto o Coxa.
DNA
Giuliano Bozzano confirma a velha história que filho de peixe, peixinho é. Pena que isso não seja um grande elogio. O árbitro prejudicou demais o Atlético no jogo contra o Santos, não tanto pelo pênalti inexistente marcado para o Peixe (o lance foi bem cavado por Fabiano) mas por simplesmente parar praticamente todos os ataques rubro-negros marcando faltas que só ele via. Um show de incompetência e arrogância. Dessa vez ao atleticanos têm razão de reclamar.
Nota 10
Para a suspensão do zagueiro Edu Dracena, do Cruzeiro, por cinco jogos. Merecia até mais mas ao menos a impunidade não prevaleceu dessa vez.
Nota 0
Para Edu Dracena, Vanderlei Luxemburgo e toda a diretoria do Cruzeiro que sustentaram que a agressão a Alex Alves foi um lance normal de jogo. Patético.