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Real começo

15 fev 2006 às 11:00

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Como os campeonatos estaduais não contam muito e por enquanto apenas Goiás e Palmeiras já disputaram jogos importantes na Pré-Libertadores, esta semana marca o real início das competições futebolísticas no país. E com direito a dezenas de jogos na simpática Copa do Brasil e estréias na tão sonhada Libertadores.

A rodada da competição sul-americana começou bem para os brasucas, com o bom empate do desacreditado Paulista, contra o El Nacional e a altitude equatoriana, e com a excelente vitória do Goiás contra o União Espanhola, no Chile.

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Hoje é a vez do Corinthians mostrar as suas armas na competição e tentar superar o trauma de nunca ir muito longe nas competições continentais. Quem sabe a argentinização da equipe colabore para acabar de vez com esta história, motivo de sucessivas piadas das torcidas adversárias. E a estréia é longe de seus domínios, na complicada Cali, na Colômbia, contra o Deportivo. A sorte do Timão é que o futebol colombiano anda em visível decadência, o que pode beneficiar Tevez e cia.

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Festa armada na pátria amada


Já o Palmeiras joga no Paraguai, com o Cerro Porteño, sem poder contar com Marcos, o que sempre é uma grande perda, apesar de Sérgio ser um bom substituto. O goleirão aliás chegou a preocupar a comissão técnica da seleção com sua contusão. E preocupa mais ainda a torcida porque Dida anda tomando gols outrora inimagináveis.

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Sem novidades


Parreira divulgou a lista dos convocados para o único amistoso antes da lista definitiva para a Copa, contra a não muito forte Rússia. A lista não traz nenhuma grande novidade e entre as obviedades, a certeza de que o treinador não abre mão de suas convicções que beiram -- ou será superam -- a teimosia. Dida será o titular apesar de nem de longe lembrar o bom goleiro que conseguiu a proeza de ser contratado pelo Milan. Júlio César, o segundo goleiro, apenas prova que tem vaga garantida -- e merecida -- na Copa. O terceiro da posição na lista final deve ser Marcos, que merece a camisa 1.

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Para a lateral direita, com Cafu contundido, Parreira chamou Cicinho - que hoje joga muito mais do que o titular absoluto, e... Maicon, que só mesmo o técnico deve ter visto jogar nos últimos tempos. Para a esquerda, além do onipresente Roberto Carlos, que até que anda jogando melhor, o "professor" insiste com Gustavo Nery, que não chega aos pés de Serginho (este queimado porque recusou convocações anteriores), Júnior ou Gilberto -- pela ordem. Mas pelo jeito a camisa do Corinthians pesa bastante na escolha.


A zaga, sem o contundido Roque Júnior, é praticamente um capítulo do Febeapa com Lúcio e Cris (será que Parreira não conhece o Alex). Para compensar um pouco, Juan e Luisão. Mas as coisas voltam a piorar na cabeça de área com Emerson (que sabe-se lá porque agrada bastante também os italianos), Edmilson e Gilberto Silva, que faz tempo que não joga o que sabe. Pelo menos o Juninho Pernambucano aparece para redimir um pouco este grupo. Se o treinador fosse um pouco mais flexível, poderia aproveitar este último amistoso para testar dois jogadores que foram brilhantes nesta posição em 2005 (e mantém o ritmo neste começo de ano): Mineiro e Marcelo Mattos.

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Pouco mais a frente tem o Zé Roberto, que pode não ser craque mas ao menos é capaz de desempenhar várias funções na equipe, e os ótimos Ricardinho, Ronaldinho e Kaká. No ataque, os inquestionáveis Adriano, Robinho, Ronaldo e Fred (dos quatro o último é o único que ainda não tem presença garantida na Copa, mas tem boas chances e grandes méritos para isso).


Ao longo dos últimos quatro anos Parreira não mexeu muito na base do time, apesar de fazer algumas experiências, principalmente no início. Por um lado isto demonstra coerência com seus princípios táticos e técnicos, mas por outro impede que novos valores ou mesmo jogadores já consagrados que voltaram a viver grande fase tenham chance na seleção. Tomara que as duvidosas apostas do treinador sejam bem-sucedidas ou que então os craques do time resolvam as coisas lá na frente.

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Certo mesmo é que o Brasil tem um certo favoritismo para conquistar a Copa, mas se isso acontecer vai ser com a mesmo sofrimento de 94. A diferença é que na época Romário tinha que fazer a diferença sozinho - tarefa que hoje pode ser dividida por pelo menos quatro craques.


Copa do Brasil

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Hoje começa também a única competição nacional que conta com representantes de todos os estados da Federação. A Copa do Brasil resgata a essência do futebol ao redor do país e ao longo de sua história tem reservado boas surpresas e fiascos inesquecíveis. É a chance que clubes modestos têm para medir forças com as principais equipes, com resultados imprevisíveis. Desde goleadas acachapantes que servem para eliminar as partidas de volta, até conquistas surpreendentes, como a do Criciúma, em 1991; do Santo André, em 2004; e do Paulista, no ano passado.


Os paranaenses jogam longe de seus torcedores contra equipes conhecidas apenas pelos mais fanáticos. O Londrina joga em Patos de Minas contra a URT, lanterna do Campeonato Mineiro. O Iraty pega o time da Ulbra, que já obteve sucesso em outros esportes -- Futsal e Vôlei são dois exemplos -- mas ainda ocupa um estágio intermediário no Futebol. E o Atlético joga contra o tradicional Moto Club. O Coxa só joga na semana que vem contra o Icasa.

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Nota 10


Para a ótima estréia do Goiás na Libertadores.


Nota 0

Para as insustentáveis opções de Parreira.


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