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Rivalidade aquecida

28 jun 2005 às 11:00

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A mais tradicional rivalidade esportiva da América do Sul tem uma semana inesquecível para escrever novos capítulos. Tudo porque Brasil e Argentina se enfrentam em três batalhas nas principais competições em andamento. Depois do baile argentino pelas Eliminatórias, esses confrontos ganharam em interesse e dramaticidade.

Sub 20 já era

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E os duelos não poderiam ter começado pior para os brasileiros. Pelo Mundial Sub-20, a Argentina dominou a partida válida pelas semifinais, e apesar da luta de alguns bons jogadores, como Renan, Rafinha e Roberto (a letra R continua dominante no futebol brasileiro), a Seleção Brasileira não conseguiu avançar a final. A vitória dos "hermanos" veio nos acréscimos mas foi merecida já que os garotos do Brasil não demonstraram em nenhum momento um futebol digno das tradições nacionais.

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São Paulo deve avançar

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A mais provável conquista brasileira é a do São Paulo, que amanhã enfrenta o River Plate com a vantagem de dois gols conquistada a duras penas no Morumbi. Dentro de campo o Tricolor é mais time e se nada de estranho acontecer deve ficar com a vaga. Mas após as cenas lamentáveis de violência no Morumbi, protagonizadas pelas duas torcidas, a partida ganhou ares perigosos e pode acontecer de tudo. Tomara que tudo fique restrito apenas às habituais provocações da torcida.


Enquanto isso, no México, o Furacão não deve ter grandes problemas para confirmar a passagem para a final da Libertadores, que deve reunir, pela primeira vez na história, duas equipes do mesmo país.

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O grande duelo


A revanche esperada por Parreira após o vexame em Buenos Aires chegou agora na final da Copa das Confederações. A competição não vale muita coisa mas o simples fato da final ser contra os arqui-rivais torna o jogo muito mais importante. Se os argentinos repetirem a marcação pressão do último confronto, vão ganhar com a mesma facilidade. Mas é difícil arriscar um palpite a não ser a grande probabilidade do Brasil levar pelo menos um gol porque Dida anda inseguro e Roque Júnior e Lúcio são um perigo para sua própria equipe. E pelo jeito só o Parreira não percebe isso.

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Aliás, o técnico fez das suas no jogo contra a Alemanha escalando Maicon no lugar de Cicinho, erro que felizmente consertou no segundo tempo. A Seleção pode até ganhar este competição mas ainda tem muita coisa para corrigir até a Copa de verdade. Como não adianta nem torcer por uma mudança na comissão técnica ou na filosofia de jogo de Parreira, se pelo menos ele se tocasse das limitações de alguns de seus titulares e fizesse algumas alterações, as possibilidades do sexto título mundial seriam muito maiores.


As mudanças poderiam começar pelo gol, onde Dida, apesar de ser um grande goleiro, atravessa fase ruim – falhou feio em dois gols na final da Copa dos Campeões e em pelo menos um gol na recente vitória argentina. E como Marcos, que é melhor que o titular, também não vive um bom momento, Rogério Ceni é o melhor para a posição atualmente.

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Nas laterais, Cafu e Roberto Carlos são praticamente unanimidade, com Cicinho e Léo (e não Gilberto ,viu Parreira) despontando como bons reservas. Quanto a zaga, porque não formar a dupla com Juan e Alex, infinitamente superiores que a dupla titular que é de causar pânico.


No meio, a simples saída de Emerson (se levasse junto Zé Roberto seria ainda melhor) com a entrada de Juninho Pernambucano ou Renato (quem sabe os dois) traria uma grande evolução para a equipe, que ganharia muito em qualidade.

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Daí para frente, os jogadores já são os corretos, faltando apenas um pouco mais de entrosamento (que só depende do tempo) e melhor posicionamento (o que, infelizmente, depende do teimoso técnico). As chances de mais um título, amanhã e no ano que vem, são boas, mas seriam melhores com um pouco menos de arrogância e mais sensibilidade da comissão técnica.


Bons anfitriões

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A maioria dos times visitantes ganhou suas partidas no último fim de semana pelo Brasileirão. O curioso fato levou Ponte Preta e Fluminense à liderança da competição, mas nenhum deles ainda tem cara de campeão (da mesma forma que o ex-líder Botafogo). Não apareceu nenhuma equipe que possa se candidatar a favorita ao título, o que deve demorar mais algum tempo para acontecer, principalmente porque o mercado internacional está aberto e os times irão mudar muito para o segundo semestre.


Nota 10


Para a forma como Bernardinho e seus comandados encaram qualquer competição. Treinamentos exaustivos, concentração absoluta e uma interminável vontade de vencer são a tônica daquela que é a melhor equipe do mundo atualmente – em qualquer esporte coletivo.


Nota 0

Para a forma como Parreira e seus comandados encaram qualquer competição. Pouco treinamento, pedantismo e falta de variações táticas que tornam o time – que poderia ser tão imbatível quanto o do vôlei – num punhado de bons jogadores tentando decidir tudo de forma individual.


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