Faltando apenas um mês para o início dos Jogos Olímpicos, alguns destaques do esporte brasileiro se firmam na briga por uma medalha. As seleções feminina e masculina de Vôlei seguem invictas, respectivamente, no Grand Prix e na Liga Mundial, e têm grandes chances de estar no pódio olímpico. Na praia as chances também são boas, principalmente com a dupla Ricardo e Emanuel, líder do ranking mundial.
No Iatismo, Robert Scheidt venceu as nove competições que disputou este ano. A mais recente, o Campeonato Grego, aconteceu em região próxima da raia olímpica. É um dos maiores favoritos ao ouro. Torben Grael e Marcelo Ferreira também têm ótimas chances de conquistar medalha – se conseguir, Grael se isolará como o atleta brasileiros com mais medalhas nos Jogos, posição que divide hoje, com quatro medalhas, com o nadador Gustavo Borges.
A Natação não vai com grandes esperanças de medalhas, mas deve chegar a algumas finais olímpicas e quem sabe um ou outro atleta surpreenda e alcance o pódio. Mas o melhor é que o esporte vive um momento de renovação e a nova geração promete bons resultados no futuro. Principalmente entre as mulheres, que conquistaram um espaço muito maior em relação ao Jogos de Sydney. Em Atenas serão oito nadadoras contra somente uma quatro anos atrás.
No Atletismo os brasileiros pintam bem no Salto Triplo, com Jadel Gregório, nos 110 m com Barreiras, prova em que quatro atletas conseguiram índice olímpico para um máximo de três vagas por país, e no Revezamento 4x100 m. Talvez com algum bom resultado nas provas de fundo.
Outra seleção que chega credenciada é a de Basquete Feminino. A meta é ganhar medalha pela terceira vez seguida – chances de ganhar o bronze já que a final esperada é entre Estados Unidos e Austrália.
Favorita destacada é também Daiane dos Santos, que se repetir as atuações da última Copa do Mundo, ganha fácil a prova do solo. Suas colegas de equipe também podem surpreender e ganhar medalhas, principalmente Daniele Hipólito.
Nos demais esportes, o Judô pode render mais algumas premiações, a equipe do Hipismo pode se sair bem, e se Guga estiver inspirado pode até pintar uma medalha no Tênis. As equipes de Handebol Masculino e Feminino e Tênis de Mesa não devem estar no pódio mas evoluíram bastante. As meninas do Futebol também podem garimpar um medalha, mas não vai ser nada fácil.
A Ginástica Rítmica anda meio irregular, e o país ainda enfrenta preconceito dos juízes, o que não ajuda tanto. Mas aos poucos o país se firma nesta modalidade também. O mesmo acontece nos Saltos, em que a equipe brasileira, liderada por Juliana Veloso, vem ganhando credibilidade internacional.
Universo Olímpico
Quem foi o primeiro brasileiro a conquistar uma medalha olímpica? Quais são os maiores feitos dos Jogos? Que mascote emocionou o mundo chorando ao final de uma edição olímpica? Quem quiser conhecer mais a fundo a história das Olimpíadas não pode deixar de ler o livro Universo Olímpico, de Eduardo Colli. São 736 páginas com curiosidades, resultados e regras de todos os esportes presentes nos Jogos. Uma fonte de conhecimento inesgotável para as conversas com os amigos.
A lição grega
No Brasileirão o líder Palmeiras parece que aprendeu como poucos a aplicar a receita da Grécia e do Once Caldas para tentar o título no Brasileirão. O líder do campeonato se preocupa muito mais em defender do que atacar. Como quase não leva gols, vence quase todas as partidas em que consegue marcar.
Contrariando esta tese defensivista – para o bem do futebol – o Santos é a grande sensação do momento após conquistar seis vitórias seguidas, que devem passar a sete contra o fraco Flamengo, hoje à noite, na Vila Belmiro. Méritos para Luxemburgo, que sem dúvida é um dos melhores, se não o melhor técnico do país. Pena que de vez em quando ele se perca na própria arrogância.
Fim de semana ruim
Os paranaenses não foram nada bem na rodada de fim de semana e tem partidas duríssimas para tentar a recuperação na noite de hoje. O Rubro-negro não conseguiu furar o bloqueio palmeirense e teve que se contentar com um magro empate na Baixada. Hoje pega o Goiás, de novo em casa, e tem a obrigação de atacar, ao mesmo tempo que deve se cuidar com o forte contra-ataque dos goianos.
O Paraná perdeu um gol feito, teve dois pênaltis não marcados a seu favor e viu o Corinthians aproveitar uma das poucas chances para sacramentar a vitória. E hoje tem uma pedreira pela frente, o Figueirense, que há algumas rodadas se mantêm entre os líderes da competição.
O Coritiba voltou a jogar mal e perdeu para o Juventude . E agora pega o Vasco do inspirado Petkovic, em São Januário, onde tudo conspira a favor dos cruz-maltinos.
80 e subindo
Schumacher alcançou no domingo, em Silverstone, pista que ele menos gosta, a marca de 80 vitórias na carreira. Na temporada já são 10 em 11 provas e com certeza novos recordes virão até o final do ano. A meta imediata é chegar ao dobro das vitórias de Senna (41) o que deve demorar, pelo ritmo atual, apenas mais duas provas. Deve também bater os recordes de pontos e vitórias na mesma temporada, que já são dele. Os seus números são tão impressionantes que hoje é mais fácil compará-lo a equipes inteiras do que a outros pilotos. A vitória na Inglaterra fez com que o alemão superasse a marca da histórica Lotus, que conseguiu 79 vitórias. A frente de Schumacher estão apenas Ferrari, Williams e McLaren.
Chatice sem fim
Se a Euro foi emocionante e organizada, a Copa América é de uma chatice ímpar. O nível técnico do campeonato é muito baixo, com equipes reservas e regulamento que classifica para a segunda fase 8 das 12 seleções. Quem sabe melhore um pouco a partir da segunda fase, mas o ideal seria que a competição fosse disputada a cada quatro anos e não a cada dois, como é hoje. E quem sabe com a presença de mais alguns times da Concacaf, fechando 16 clubes na fase inicial.
Mas o pior mesmo é a teimosia de Parreira em jogar com três volantes contra o time B do Chile e a fortíssima Costa Rica.
Nota 10
Para Robert Scheidt, imbatível em 2004. Para o Santos de Luxemburgo.
Nota 0
Para as torcidas de Santos, Atlético Mineiro, Cruzeiro, Ponte Preta, Guarani e Vitória pela selvageria da última rodada.