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Rumo a estação Alemanha

06 set 2005 às 11:00
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A atuação do Brasil contra o Chile na lamacenta Brasília foi daquelas para não se esquecer mais. Pelo menos o fantástico primeiro tempo em que Robinho, Kaká, Ronaldo e Adriano deram show e garantiram com facilidade a vaga para a Copa da Alemanha.

O adversário vive um momento ruim e o nível médio geral das seleções sul-americanas é baixo, o que transforma as Eliminatórias em um mero procedimento burocrático, ao menos para Brasil e Argentina. Mas o que se viu nos 30 minutos iniciais do jogo valeu por toda a caminhada da seleção até agora. Talvez apenas na goleada sobre a Argentina na Copa das Confederações o time de Parreira tenha apresentado um futebol tão vistoso e empolgante.

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E contra o Chile, a equipe estava desfalcada: faltou em campo apenas o melhor jogador do mundo em 2004, um certo gaúcho dentuço. Suprindo a ausência de Ronaldinho, Robinho confirmou que há muito deixou de ser uma promessa e se transformou num craque real, sem nenhum trocadilho. Além de entortar adversários e dar passes precisos, o "Príncipe" marcou e roubou bolas melhor até do que muito zagueiro. Fantástico.

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Festa armada na pátria amada


Outro integrante da família real, o "Imperador" Adriano, provou ser um digno representante da escola de centroavantes natos e balançou a rede três vezes com grande competência. E com o auxílio luxuoso de Kaká e Ronaldo, fizeram no segundo gol uma das jogadas coletivas mais bonitas dos últimos tempos, iniciada por um drible desconcertante de Juan na zaga brasileira.

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Que venha a Copa!


Notas

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Dida – Nas poucas vezes em que foi exigido saiu-se muito bem. 8;


Cafu – Tímido no primeiro tempo, no segundo quase marcou um gol. 7,5;

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Juan – Seguro na defesa, não comprometeu, beneficiado pela falta de ofensividade do adversário. Brilhante ao iniciar a jogada do mais belo gol do dia. 8;


Lúcio – Estranhamente tranqüilo e sem exibir o futebol atabalhoado de sempre. Tem boa técnica e dessa vez não se perdeu em lances bobos. 7;

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Roberto Carlos – Parece estar fora de ritmo por estar ainda no começo da temporada, mas quase marcou um golaço. 6;


Emerson – Tranqüilo, fez o que sabe, roubou bolas e deu passe curtos. É xodó de Parreira. 6,5;

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Zé Roberto – Muita movimentação e boas jogadas mas errou alguns passes simples. Foi muito bem na lateral esquerda após a saída de Roberto Carlos. 6,5;


Kaká – Pecou apenas em alguns lançamentos. Não brilhou tanto como Robinho mas foi decisivo na jogada do segundo gol. 8;

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Robinho – Fantástico. Driblou, deu duas assistências primorosas para Adriano e concluiu a melhor jogada do dia. 10;


Adriano – Finaliza jogadas como poucos com sua potente perna esquerda. Acredita em todas as jogadas, fez um belo cruzamento para o segundo gol e marcou três vezes. Perfeito. 10;


Ronaldo – Sentindo uma contusão leve não jogou tudo o que pode. Teve raciocínio rápido e não foi egoísta no lance do segundo gol. Só por essa jogada merece um 8;


Juninho Pernambucano – Tem muita técnica mas perdeu alguns lances fáceis por ansiedade de agradar ao treinador e assegurar vaga na Copa. 6;


Ricardinho – Faz o que quer com a bola nos pés. Cadenciou o ritmo no segundo tempo, bem ao gosto de Parreira. 7.


Passaporte carimbado


Ucrânia e Estados Unidos também confirmaram presença no Mundial 2006. A Ucrânia, legitima herdeira da União Soviética (tem futebol muito melhor do que os vizinhos russos), vai à Copa pela primeira vez, depois de duas tristes eliminações na repescagem nas duas últimas edições. Conquistou a vaga com antecedência em um grupo que tem Grécia, atual campeã européia; Turquia, terceira colocada em 2002; e a sempre forte Dinamarca. Surge como candidata ao menos às semifinais.


Já os norte-americanos apenas confirmaram a esperada classificação ao vencer os únicos rivais continentais: o México, que carimba o passaporte na rodada de amanhã.


Definições


A quarta-feira tem rodada completa e importante nas chaves européias das Eliminatórias. Dependendo dos resultados, Portugal e Holanda podem conquistar a vaga. Maiores chances para o time de Felipão, que precisa vencer a Rússia (goleou por 7 x 1 no primeiro jogo) e torcer contra a
Eslováquia. Mesmo que não se classifiquem amanhã, holandeses e portugueses, a exemplo de ingleses e italianos, dificilmente não estarão na Alemanha no ano que vem.


Mas o melhor jogo da rodada é o duelo pela liderança do Grupo 7, entre Espanha e Sérvia e Montenegro. A Fúria joga em casa as últimas fichas para superarem os rivais que carregam o legado da forte Iugoslávia. Os sérvios buscam a vitória para praticamente assegurar a vaga e não ver os arqui-inimigos croatas (próximos à classificação) brilharem sozinhos no Mundial.


Destaque também para a bizarra Chave 4, co-liderada por França, Irlanda e Suíça (13 pontos), seguidas de perto por Israel (12). Até agora, as nove partidas envolvendo as quatro equipes terminaram empatadas e todas seguem invictas na competição e com chances rigorosamente iguais de conquistar a vaga. Até mesmo os israelenses, que tem uma partida a mais seguem na luta porque devem garantir seis pontos nas duas partidas que têm pela frente, ambas contra a fraca seleção das Ilhas Faroe. Amanhã, Irlanda e França tentam desembolar um pouco o grupo, enquanto Suíça (que joga contra o Chipre) e Israel devem conquistar três pontos fora de casa.


Na África, falta apenas uma rodada, em outubro, e poucas equipes ainda têm chances de ir à Copa. No Grupo 1, a briga é entre Togo (que debutaria em mundiais) e Senegal (grande surpresa de 2002), com dois pontos de vantagem para os primeiros. No 2, Gana precisa apenas de um pontinho contra Cabo Verde para se livrar da concorrência de África do Sul e República Democrática do Congo, que se enfrentam na rodada derradeira. Os ganeses são presença constante nas decisões dos mundiais Sub-17, Sub-20, e devem confirmar sua primeira participação em Copas. O sul-africanos são a grande decepção do continente.


Na terceira chave, Camarões venceu fora de casa a surpreendente Costa do Marfim e passou um ponto a frente dos rivais. E agora não vai perder a chance de ir a mais uma Copa. O Grupo 4 é o mais embolado, com Nigéria e Angola na liderança e Zimbabwe apenas três pontos atrás. Os angolanos jogam fora de casa contra os eliminados ruandeses de olho na partida entre os dois rivais. Mas os nigerianos devem confirmar o favoritismo. A última chave tem um confronto direto pela vaga entre Tunísia (que joga em casa e pelo empate) e Marrocos.


Na Oceania, após meses de espera com a final definida, a Austrália confirmou (como se alguém duvidasse) a classificação para a repescagem contra o quinto colocado da América do Sul com duas vitórias (7 x 0 e 2 x 1 ) sobre as Ilhas Salomão – para os ilhéus resta o consolo de ter eliminado a Nova Zelândia, tradicional segunda "força" do continente. Os australianos agora se preparam para tentar finalmente vencer a repescagem, muito provavelmente contra o Uruguai. Não é a toa que nas próximas Eliminatórias já pediram (e foram atendidos) para disputar a vaga na chave asiática, que ao menos dá vagas diretas ao Mundial.


Nota 10


Para a criação coletiva de Juan, Robinho, Adriano, Kaká e Ronaldo no segundo gol contra o Chile.


Nota 0

Para a bagunça típica do Brasil e de Brasília no acesso ao estádio Mané Garrincha. O anjo das pernas tortas merecia uma homenagem melhor.


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