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Sem surpresas

21 dez 2004 às 11:00
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Como era esperado o Santos venceu o Vasco e garantiu seu segundo título do Campeonato Brasileiro, dois anos após a primeira conquista. Concentrado desde o começo do jogo, antes dos cinco minutos o Peixe – que já havia perdido uma chance incrível - abriu o placar numa bela cobrança de falta de Ricardinho e provocou uma ducha fria nos atleticanos, então muito distantes do título.

Mas o time de Luxemburgo continuou no ataque, fez mais um e bateu o recorde de gols num só campeonato. 103 contra os 102 do Cruzeiro em 2003. E ainda teve um gol de Robinho, de volta aos gramados após o fim do seqüestro de sua mãe, erroneamente anulado. Jogou como campeão e levou o título.

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E ninguém pode acusar o Vasco de favorecer a conquista. Apesar das declarações polêmicas de Eurico Miranda, os cruz-maltinos jogaram seriamente e perderam porque são nitidamente inferiores aos santistas.

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Nada melhor para acabar com esta besteira de apontar complôs e perseguições contra este ou aquele clube. Os cartolas falarem isso é até compreensível, mas a imprensa esportiva embarcar nesta onda é de uma mediocridade ímpar. O Furacão perdeu o título por incompetência na hora da decisão e não por culpa dos árbitros ou da CBF, que anda bem comportada. Pena que o STJD nem tanto.

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Os senhores do apito erraram, e muito, mas contra todos, do Grêmio ao Santos. Ficar choramingando e procurando desculpas não leva a nada e só cria um clima ruim para as partidas. O jogo entre atleticanos e vascaínos, em São Januário, é o melhor exemplo disso. Aconteceram coisas lamentáveis mas o rubro-negro perdeu dentro de campo. Como perdeu dois pontos no jogo contra o Grêmio, que proporcionou a chance de recuperação do Santos.


O título, enfim, foi para quem mais mereceu.

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Decisões


Os críticos do sistema de pontos corridos levaram no fim de semana uma bela sova. As decisões por vagas na Sul-Americana e a luta contra o rebaixamento trouxeram emoção para a maioria das partidas.

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As mudanças constantes nos resultados fez com que várias equipes trocassem momentos de euforia e alívio por outros de tristeza e desespero.


No final, a tristeza sobrou para o Cricíuma – que chegou a liderar o campeonato mas não manteve o fôlego inicial – e Vitória, que apostou em Edilson e Vampeta e foi deixado na mão por eles.

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Junto com os medíocres Grêmio e Guarani, seguem para a cada vez mais empolgante Segundona.


Seleção

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Num campeonato que apresentou um nível técnico abaixo do esperado, alguns jogadores conseguiram se sobressair e merecem aplausos. Fariam uma boa seleção:


Júlio César: Apesar de algumas falhas fez verdadeiros milagres para manter o Flamengo na elite;

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Cicinho: Bom no apoio e artilheiro, cresceu muito no São Paulo. Tem o inspirado Fernandinho como sombra (principalmente se o esquema for o 3-5-2);


Dininho: Como os bons vinhos melhora com o tempo. Já merece chances na seleção nas vagas dos limitados Lúcio e Cris;


Rodrigo: Rogério Ceni ajuda bastante mas o São Paulo não foi a defesa menos vazada à toa;


Léo: Mais uma vez foi fundamental para o sucesso do Santos;


Magrão: Abandonou um pouco o estilo brucutu e foi importante na armação do meio campo palmeirense;


Elano: Com a saída de Diego e Renato ganhou mais espaço e liderou o Santos;


Ricardinho: Apesar de ainda não ter atingido o mesmo nível da época do Corinthians, deu a volta por cima e equilibrou a equipe;


Jadson: Grande revelação do campeonato foi o melhor jogador do Atlético e liderou os fulminantes contra-ataques do Furacão;


Robinho: Deixou de ser apenas uma promessa, amadureceu, tornou-se artilheiro e conquistou o Bi. Precisa mais;


Washington: Superou problemas de saúde, bateu o recorde da artilharia e virou referência de atacante de área. Só faltou o título para coroar a ótima temporada.


Wanderley Luxemburgo: Ao contrário de Parreira, sabe adaptar o esquema de jogo aos jogadores que tem e aposta na ofensividade. Não é a toa que chegou ao seu quinto título.


Simplesmente o melhor


Ronaldinho Gaúcho merece o prêmio de melhor jogador do ano concedido pela Fifa. Se Shevchenko e Henry são ótimos atacantes, o brasileiro é capaz de organizar um time e fazer com que ele suba de produção. Fez isso no então combalido Barcelona, que hoje lidera com folga o Campeonato Espanhol e só não faz na Seleção porque é brecado pelo amor ao esquema tático de Parreira.


Nota 10


Para o Santos, que soube aproveitar as chances que teve e mereceu o título.


Nota 0

Para o STJD que com suas interdições de estádios e a retirada dos pontos do São Caetano ocupou indevido espaço no campeonato. Tomou medidas acertadas mas exagerou na dose muitas vezes.


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