Mesmo irreconhecível, e apresentando um futebol muito distante do que vinha jogando, o Atlético derrotou o Flamengo de virada e continua dividindo a liderança do campeonato com o Santos. Graças a incrível ajuda do goleiro Júlio César, que praticamente entregou um gol ao Furacão ao fazer um pênalti bobo ao tentar consertar o erro grotesco que cometeu ao tentar segurar uma bola que estava em seu domínios.
Melhor para Washington, que com os dois gols marcados chegou à artilharia isolada com 21 gols. O atacante é um dos principais responsáveis pelo crescimento da equipe, dividindo os méritos com Levir Culpi, que conseguiu dar padrão de jogo a uma equipe até então muito irregular.
Se a má atuação contra o rubro-negro carioca não for um sintoma da volta da fase de altos e baixos, a equipe segue como uma das favoritas ao título. O problema é que do outro lado está o Santos.
Líder com propriedade
Da mesma forma que o seu grande adversário, o Peixe também saiu perdendo para um rubro-negro, o Vitória. Mas virou o placar com certa facilidade e garantiu mais uma vitória por goleada. Robinho voltou a jogar tudo o que sabe, Elano também reencontrou seu futebol e Ricardinho deu a qualidade que faltava ao meio campo. Sem falar que o ataque conta com um artilheiro nato, David.
No mais , o time conta com bons laterais, um reserva que serve de talismã – Basílio – e uma zaga que não compromete. E achou também a solução para o gol no inspirado Mauro. Se não houver surpresas, fica com a taça.
Pedindo para cair
Já o Paraná parece ter gostado da idéia de cair para a Segundona. Não há outra explicação para a absurda derrota por 4 x 3 para ao Botafogo depois de sair ganhando de 2 x 0. Em duas partidas o time teve a chance de deixar para trás dois adversários diretos contra o rebaixamento. Mas só empatou com o Guarani em casa e deixou escapar uma vitória que parecia certa no Rio.
E se não ganhar do Vasco na inauguração do "Caranguejão", em Paranaguá, já pode começar a se preparar para a dura disputa da Série B em 2005.
Coincidência ou conspiração
Bastou Schumacher garantir matematicamente o título que Barrichello ganhou duas corridas seguidas. Suficientes para reavivar as teorias da conspiração que existiriam na Ferraria favor do alemão. Realmente, com o título já conquistado, a equipe passou a dar mais atenção ao segundo piloto, mas a explicação mais lógica é que, sem a pressão de ter que provar ser melhor que Schumacher, o brasileiro pôde se concentrar melhor e vencer com categoria as duas últimas corridas. Já o alemão passa por um momento de relaxamento natural, que o levou a cometer erros bobos no treino e na corrida em terras chinesas. Afinal, ele é o melhor, mas também está sujeito a falhas.
Nota 10
Para a equipe para-olímpica brasileira pelo recorde de medalhas. Atletas que provam que não são coitadinhos e provam que o esporte é um importantíssimo meio de inclusão social.
Nota 0
Para a lambança de Júlio César. Melhor para o Atlético.