Semana de comemorações apenas para o Coritiba, que iniciou seu "mini-paulistão" ganhando do encardido São Caetano, com mais um belo gol de Jackson. Continua na briga pelas primeiras colocações e com um pouco de sorte pode até garantir uma vaguinha na Libertadores, já que o título parece ter o rumo da Toca da Raposa.
Já a torcida tricolor continua desconfiada. Depois de um bom começo de campeonato o time parece que perdeu o fôlego e, apesar de se safar da derrota contra o Atlético Mineiro, continua com o sinal de alerta aceso. Despencar na tabela é muito fácil e se recuperar depois só a custa de muito suor.
Já o Furacão continua irregular e dependendo de lances individuais de alguns jogadores como Adriano e Dagoberto. A má fase é quase geral, a começar por Kléberson, e as perspectivas não são muito animadoras. Deve ficar pelo meio da tabela.
Morte ao vivo
A morte do camaronês Marc Viven Foe, em plena partida, foi um dos momentos mais dramáticos e tristes do futebol. Lance mórbido que traz novamente alguns questionamentos sobre o cuidado médico e o preparo físico dos jogadores. Falta de zelo patrocinada pela Fifa que programou um torneio com jogos a cada dois dias debaixo de sol e sob temperaturas de até 40 graus. Condições perfeitas para a manifestação de problemas crônicos como o que parecia afetar um dos leões indomáveis, que sucumbiu sem que nada pudesse ser feito pelos médicos presentes.
A tristeza dos jogadores franceses e camaroneses na final, que quase foi suspensa, foi o contraponto perfeito à desumanidade dos dirigentes. O choro sincero e as demonstrações de solidariedade mostram que apesar de todas as mazelas, dentro de campo o esporte ainda faz sentido. Pena que os Havelanges, Blaters e Teixeiras da vida não valorizem isso.
Gol de ouro
E a final das Copas das Confederações foi decidida por um Gol de Ouro, que desde que foi criado recebeu o apelido de Morte Súbita. Nada mais triste e irônico para um campeonato quase oculto, que só será lembrado pela morte de Foe.
Sangue latino
Só mesmo Juan Pablo Montoya para desafiar a mesmice e a falta de emoções da Fórmula Um. Passar o alemão queixudo por fora não é para qualquer um. Schumacher ainda tentou deixar o carro escorregar para diminuir o espaço e a estabilidade do colombiano, que mais uma vez mostrou que com ele o buraco é mais embaixo. Se Montoya fosse um pouco mais constante com certeza estaria na briga pelo título com Schumacher e Raikkonen, o Homem de Gelo, que dessa vez esqueceu de esquentar os pés. Quando desceu do carro parecia um certo piloto brasileiro com cara de choro.
Dos brazucas, Da Matta mais uma vez mostrou que tem talento demais para carro de menos, Barrichello foi apenas burocrático e Pizzonia teve um desempenho lastimável. Pior que ele só mesmo Villeneuve, que faria o pai corar de vergonha.
Nota 10
Para o Coritiba que melhora um pouco a cada rodada. Para Montoya, uma das poucas razões para acordar cedo aos domingos. Para o primeiro trio de arbitragem feminino que deu um show de competência e discrição no jogo Guarani x São Paulo.
Nota 0
Para a Copa das Confederações, campeonato sem sentido, com seleções desinteressadas, baixíssimo nível técnico e uma morte em campo.