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Três realidades, três destinos

01 jul 2003 às 11:39

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Semana de comemorações apenas para o Coritiba, que iniciou seu "mini-paulistão" ganhando do encardido São Caetano, com mais um belo gol de Jackson. Continua na briga pelas primeiras colocações e com um pouco de sorte pode até garantir uma vaguinha na Libertadores, já que o título parece ter o rumo da Toca da Raposa.

Já a torcida tricolor continua desconfiada. Depois de um bom começo de campeonato o time parece que perdeu o fôlego e, apesar de se safar da derrota contra o Atlético Mineiro, continua com o sinal de alerta aceso. Despencar na tabela é muito fácil e se recuperar depois só a custa de muito suor.

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Já o Furacão continua irregular e dependendo de lances individuais de alguns jogadores como Adriano e Dagoberto. A má fase é quase geral, a começar por Kléberson, e as perspectivas não são muito animadoras. Deve ficar pelo meio da tabela.

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Morte ao vivo

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A morte do camaronês Marc Viven Foe, em plena partida, foi um dos momentos mais dramáticos e tristes do futebol. Lance mórbido que traz novamente alguns questionamentos sobre o cuidado médico e o preparo físico dos jogadores. Falta de zelo patrocinada pela Fifa que programou um torneio com jogos a cada dois dias debaixo de sol e sob temperaturas de até 40 graus. Condições perfeitas para a manifestação de problemas crônicos como o que parecia afetar um dos leões indomáveis, que sucumbiu sem que nada pudesse ser feito pelos médicos presentes.


A tristeza dos jogadores franceses e camaroneses na final, que quase foi suspensa, foi o contraponto perfeito à desumanidade dos dirigentes. O choro sincero e as demonstrações de solidariedade mostram que apesar de todas as mazelas, dentro de campo o esporte ainda faz sentido. Pena que os Havelanges, Blaters e Teixeiras da vida não valorizem isso.

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Gol de ouro


E a final das Copas das Confederações foi decidida por um Gol de Ouro, que desde que foi criado recebeu o apelido de Morte Súbita. Nada mais triste e irônico para um campeonato quase oculto, que só será lembrado pela morte de Foe.

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Sangue latino


Só mesmo Juan Pablo Montoya para desafiar a mesmice e a falta de emoções da Fórmula Um. Passar o alemão queixudo por fora não é para qualquer um. Schumacher ainda tentou deixar o carro escorregar para diminuir o espaço e a estabilidade do colombiano, que mais uma vez mostrou que com ele o buraco é mais embaixo. Se Montoya fosse um pouco mais constante com certeza estaria na briga pelo título com Schumacher e Raikkonen, o Homem de Gelo, que dessa vez esqueceu de esquentar os pés. Quando desceu do carro parecia um certo piloto brasileiro com cara de choro.

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Dos brazucas, Da Matta mais uma vez mostrou que tem talento demais para carro de menos, Barrichello foi apenas burocrático e Pizzonia teve um desempenho lastimável. Pior que ele só mesmo Villeneuve, que faria o pai corar de vergonha.


Nota 10


Para o Coritiba que melhora um pouco a cada rodada. Para Montoya, uma das poucas razões para acordar cedo aos domingos. Para o primeiro trio de arbitragem feminino que deu um show de competência e discrição no jogo Guarani x São Paulo.

Nota 0
Para a Copa das Confederações, campeonato sem sentido, com seleções desinteressadas, baixíssimo nível técnico e uma morte em campo.


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