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Triste fim

14 out 2005 às 11:00

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Daqui para frente pode se dizer que os 22 times do Campeonato só entrarão em campo para cumprir tabela. Tudo bem que alguns deles almejam o título, cada vez mais próximo dos corintianos, e que outros lutam contra o rebaixamento, mas não dá para disfarçar a desconfiança geral e a desmotivação provocadas pelo árbitro Edilson Pereira de Carvalho e ampliadas pelo STJD.

Era totalmente esperado que ocorreriam problemas na nova realização dos jogos anulados, mas o que aconteceu em três das quatro partidas jogadas novamente até o momento superou limites toleráveis de lambança, principalmente dos árbitros. Foram tantos erros nas partidas entre Fluminense e Juventude, Vasco e Figueirense e Corinthians e Santos, que até mesmo o mais cordial torcedor deve ter se irritado para valer. Falhas humanas acontecem, mas elas não podiam ser tão marcantes exatamente nestes jogos polêmicos.

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A panela de pressão explodiu ontem na Vila Belmiro, após atuação desastrada de Cléber Welington Abade, que errou muito, para os dois lados (e é bom que se diga que acabou por beneficiar o Santos), e deu o motivo que faltava para a inflamada torcida santista invadir o gramado para cobrar o que julga ser seu direito. Este jogo foi um dos mais contestados dos anulados, já que o Santos venceu com facilidade a partida "original", sem interferência da arbitragem. As reclamações do Peixe são justíssimas mas não desculpam os atos de sua torcida, que com certeza trará punições ao clube, que ameaça se retirar do campeonato. Algo pouco provável mas que mostra o clima que paira no ar após as anulações das 11 partidas e não apenas daquelas em que a arbitragem comprovadamente "operou" o resultado.

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Beneficiado por esta confusão, o Corinthians (que seria líder mesmo sem o imbroglio) fez sua parte e trocou um resultado ruim e merecido da primeira partida por uma vitória no jogo remarcado, ampliando para seis pontos sua vantagem na ponta da tabela. E não por culpa dele, se conquistar o título (algo que parece cada vez mais provável), se tornará o novo "campeão imoral" de um campeonato totalmente maculado.

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Final feliz


As Eliminatórias terminaram ao redor do mundo, restando apenas a repescagem para 10 seleções, e mudaram um pouco a cara da próxima Copa. Ao contrário do que parecia certo algumas rodadas atrás, os favoritos da África perderam o fôlego no final e abriram oportunidades para que quatro equipes estreantes chegassem à Alemanha. Das cinco equipes do continente, a que mais promete é a de Gana, duas vezes campeão do Mundial Sub-17. Tunísia, Togo, Angola e Costa do Marfim não parecem ser grandes ameças aos favoritos e no máximo darão cores mais alegres ao Mundial.

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Na Europa, a Holanda surge como uma das candidatas ao título após uma convincente campanha invicta nas Eliminatórias m grupo que contava com República Checa e Romênia. Alemanha, Ucrânia e Suécia, apostam na força e no posicionamento tático, enquanto Portugal, Croácia e França se destacam por seus jogadores talentosos. Se Zidane continuar jogando como hoje, sua seleção tem renovadas chances de apagar o fiasco de 2002. Quem deve ir bem também é a Inglaterra, que há muito tempo não tinha uma safra tão boas de jogadores. E sempre tem a Itália, com seu futebol de resultados. Polônia e Sérvia e Montenegro completam o grupo das 11 seleções já classificadas mas não causam grandes comoções.


Na repescagem, a superestimada Espanha tem parada dura contra a Eslováquia, em duelo sem favoritos. A Turquia tem boa chance de defender o bronze conquistado na Ásia, contra a apenas esforçada Suíça. A outra vaga, se os deuses do futebol forem justos, deve ser da República Checa, que enfrenta a Noruega e seu feio jogo de chuveirinhos. Seria uma pena se o time de Nedved ficasse de fora.

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Na América do Sul, nada de novo no front. Brasil, Argentina, Equador e Paraguai foram exatamente os mesmo classificados para a última Copa. E o Uruguai vai novamente como favorito disputar a repescagem contra a Austrália. Dos cinco, os dois primeiros são candidatíssimos ao título.


Da Ásia, que definiu os classificados a mais tempo, não se deve esperar muito. Japão e Coréia do Sul não irão contar com a torcida favorável da última Copa (no caso dos coreanos nem com as arbitragens "políticas" que os levaram à semifinal) e talvez apenas o time de Zico conquiste alguns bons resultados, dependendo do grupo em que cair. Arábia Saudita e Irã também não passam de figurantes.

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Das Américas Central e do Norte, os inconstantes mexicanos e os chatos norte-americanos podem aprontar algumas zebras, mas não tem ainda chances de título, apesar da significativa evolução dos astecas. Costa Rica já fez o máximo que podia ao garantir sua vaga e talvez consiga bisar os três pontinhos do último mundial se tiver sorte na definição dos grupos.


E para completar as 32 seleções, o vencedor do confronto entre Bahrein (quinto colocado da Ásia) e Trinidad e Tobago (quarto da Concacaf) se candidata a saco de pancadas da competição. Só mesmo os interesses políticos e eleitorais dos dirigentes da Fifa para explicar esta esdrúxula repescagem entre os dois continentes mais fracos do futebol.

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Os últimos classificados saem no mês que vem e em dezembro serão sorteadas as chaves.


Nota 10

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Para o GP do Japão, que graças a chuva de sábado que embaralhou o grid, foi a melhor corrida do ano, com ultrapassagens e disputas dignas das melhores épocas da F-1.


Nota 0

Para as arbitragens que erraram, e muito, no momento em que não podiam.


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