O evento "Samba no Ayê", promovido pelo Coletivo Samba Ayê, terá sua segunda edição neste sábado (10), das 15h às 22h. Com o objetivo de celebrar o carnaval em Londrina, a ação terá entrada gratuita e será na Vila Cultural Canto do Marl, localizada na Avenida Duque de Caxias, 3.241.
A programação conta com uma apresentação do grupo de maracatu Baque de Obá Kossô, fundado em fevereiro de 2023. O coletivo é atualmente composto por 17 integrantes que tocam instrumentos tradicionais como alfaia, agbê, caixa, mineiro, atabaque e gonguê.
A programação musical não para por aí, seguindo ainda com a participação da sambista Òfatayo, da DJ Dayo, DJ Cleópatra, grupo Trinca do Samba e do sambista Braguinha.
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Além da música, haverá a comercialização de pratos típicos, como xequetá e a acarajé, e os integrantes do Feirão da Resistência estarão presentes no local, oferecendo seus produtos.
A primeira edição do Samba no Ayê havia acontecido em Cambé, em julgo de 2023. O objetivo é que o evento seja promovido mais duas vezes neste primeiro semestre, com a participação de diversos artistas, em diferentes pontos de Londrina.
Após este sábado (10), a previsão é que seja levado, no dia 11 de maio, à Quadra Flor de Jesus (Rua Flor de Jesus, s/n), na Vila Ricardo (zona leste). E, em 8 de junho, acontecerá na Vila Usina Cultural (Avenida Duque de Caxias, 4.159, Centro).
A produtora geral do Coletivo Samba no Ayê, Nanjilè, explicou que a ação surgiu da vontade de criar em Londrina um evento que representasse os adeptos do candomblé. “Pensamos em criar um evento de caráter afro-religioso e afro-brasileiro”, disse.
Segundo ela, o nome da iniciativa tem origem no idioma Yorubá, em que Ayê significa Terra, enquanto Orun é o Céu, sendo assim uma celebração de caráter espiritual. Um dos diferenciais do Samba no Ayê é seu cardápio, com comidas e bebidas características da cultura afro-religiosa, adaptadas para o contexto festivo.
Conforme o ator Josemar Lucas, que é um dos coordenadores do MARL (Movimento dos Artistas de Rua de Londrina), o evento visa valorizar a cultura afro-brasileira e celebrar com toda a cidade. “É uma homenagem ao samba e aos sambistas da cidade, assim como um momento de confraternização e de festa sobre a musicalidade, sobre a música popular brasileira e, sobretudo, o samba”, sublinhou.
A coordenadora e produtora do Baque de Obá Kossô, Luiza Braga, contou que, além de apresentações durante o ano todo, o grupo realiza ensaios abertos ao público todas as sextas-feiras, às 19h, na Vila Cultural Canto do MARL. Ocasionalmente, o coletivo também promove oficinas de instrumentos típicos voltadas a músicos de nações do maracatu e outros artistas da região.
“O estilo do Baque de Obá Kossô é o maracatu de baque virado, tradicional da região metropolitana de Recife, especificamente das nações do maracatu Porto Rico e Encanto do Pina. No contexto do maracatu, as nações são equivalentes às escolas de samba”, salientou.
A Vila Cultural Canto do MARL conta com patrocínio da Prefeitura de Londrina, por meio do Promic (Programa Municipal de Incentivo à Cultura). Já o evento “Samba no Ayê” recebe recursos financeiros municipais viabilizados pela Lei Paulo Gustavo.